Em época de Páscoa, além de muito chocolate, faz parte da tradição preparar o clássico bacalhau, um item que vem da herança dos colonos portugueses e segue fundamentos católicos que restringem o consumo de carne vermelha durante a Quaresma.
Embora esteja atrelado à Portugal, o bacalhau remete a uma outra região da Europa. Para início de conversa, o termo ‘bacalhau’ não pertence a um peixe específico, mas é o nome dado ao conjunto do peixe pescado, da técnica de salga e da receita.
Os peixes utilizados para preparar bacalhau são os que pertencem à família Gadidae, e entre eles está o mais nobre - e também mais valorizado - Gadus morhua. As espécies habitam em águas bem frias, em especial as que banham o Círculo Polar Ártico.
Isso propicia aos países próximos ao local um alto consumo dos peixes do tipo, e, por conseguinte, o desenvolvimento de receitas que levam o animal como ingrediente principal. É o caso da Noruega, o país responsável pela receita original do bacalhau, também chamado de bacalao, que leva peixe cozido, tomate, cebola e batata, além de ser servido com pão preto.
Seu preparo remete às práticas de pesca dos povos vikings, que secavam os peixes para conservá-los nos barcos. Registros apontam que a adição de sal só chegou no século XI, quando a receita entrou em contato com os bascos e tornou-se o que conhecemos hoje depois que chegou em mãos portuguesas, responsáveis pelo maior receituário de bacalhau salgado e seco do mundo.
Saiba mais na matéria ‘Afinal, o que é bacalhau? Fomos até a Noruega descobrir’, por Carla Peralva, disponível aqui.