Não é só de roteiros gastronômicos que vivem os foodies de plantão. Muitos se debruçam sobre prêmios internacionais e ranking para decidir o que comer em sua próxima viagem ou até mesmo no passeio pela própria cidade. Duas grandes premiações que têm relevância mundial são o Guia Michelin e o 50 Best.
O primeiro vai muito além do mascote fofo e indica ao redor do mundo restaurantes que servem comidas excelentes e apresentam técnicas de alto nível. Já o segundo rankeia os 100 melhores restaurantes e bares do mundo, com foco na diversidade culinária.
Entenda o que são e quais as diferenças entre o Guia Michelin e o 50 Best.
O que é o Guia Michelin?
Os fundadores da empresa de pneus Michelin forneciam, desde sua fundação em 1889, um guia para os motoristas usarem em suas viagens, indicando, entre outras coisas, bons lugares para comer e se hospedar. A partir de 1920, a lista foi se tornando cada vez mais relevante e, em 1926, a classificação por estrelas foi criada.
A princípio, apenas uma estrela era concedida por restaurante. A hierarquia que vai de zero a três estrelas que conhecemos hoje passou a existir cinco anos depois. Hoje em dia, a avaliação dos estabelecimentos é feita através de inspetores internacionais. Os avaliadores são profissionais da gastronomia ou da hotelaria com pelo menos uma década de experiência e todos passam por uma formação de dois ou três anos para avaliar com precisão cada estabelecimento. Por ano, cada avaliador faz cerca de 300 refeições.
São muitas visitas, mas nem todas rendem uma estrela. No entanto, os bons restaurantes que não atendem às exigências necessárias para receber estrelas, ainda podem ser avaliados no Guia, ganhando uma indicação ou até mesmo conquistando o selo Bib Gourmand, que inclui restaurantes com alta qualidade e preços mais acessíveis.
O que é 50 Best?
Dividido entre Restaurants e Bars, o 50 Best foi criado em 2002 pela revista britânica Restaurant, com a proposta de trazer um novo ponto de vista sobre a gastronomia mundial, celebrando a diversidade culinária e com uma análise mais inclusiva e moderna.
O ranking que lista de 1-50 e 51-100, sendo o primeiro o melhor restaurante avaliado, é feito por meio de votos de um júri internacional que conta com chefs, jornalistas e críticos gastronômicos. Cada um dos votantes deve indicar dez restaurantes, com a exigência de três serem fora da origem de cada avaliador.
Dessa forma, há diversidade nas escolhas, traçando-se um panorama internacional. O compromisso com a maior representatividade também rendeu uma importante regra estabelecida em 2019, que determina que o restaurante que alcança a primeira colocação não pode vencer novamente nas edições posteriores, assim, o primeiro colocado sempre muda.
Latin America’s 50 Best Restaurants 2024 está vindo por aí
No dia 26 de novembro, a cerimônia do Latin America’s 50 Best Restaurants acontece pela segunda vez consecutiva no Rio de Janeiro, onde serão eleitos os cinquenta melhores restaurantes da América Latina em 2024. Acompanhe a cobertura em Paladar.