Em segundo lugar, o também peruano Astrid y Gastón, que foi o primeiro colocado na lista de 2013. O D.O.M., de Alex Atala, caiu uma posição em relação à premiação do ano passado e ficou com a terceira colocação, completando o pódio. Na sequência, outro brasileiro: Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo. Em quinto lugar, Boragó, em Santiago do Chile, do chef Rodolfo Guzmán.
+ A lista completa dos 50 melhores restaurantes da América Latina + Veja como foi a cerimônia de premiação+ ANÁLISE: Brasil pode estar perdendo visibilidade
Virgilio Martínez e ,Pía León do Central, eleito melhor restaurante da América Latina FOTO: Tiago Queiroz/Estadão
Melhor do mundo. Na premiação global, anunciada em abril deste ano, o Central protagonizou a maior escalada de posições na lista: pulou da 50ª posição para a 15ª. “Fazemos comida de território, com produtos provenientes das diferentes altitudes do país, tudo natural, tudo peruano”, explica Virgilio. “Tentamos fazer uma cozinha única.”
“Esse evento é uma reunião para compartilharmos, vermos e aprendermos uns com os outros na América Latina”, disse o chef ao Paladar após sair do palco com o prêmio em mãos.
Brasileiros. “Quando o Brasil apoiar a gastronomia, a gente vai poder desempenhar melhor e trazer mais brasileiros”, disse Alex Atala, chef do D.O.M., à editora do Paladar, Patrícia Ferraz, em Lima após a premiação. Ao todo, nove restaurantes brasileiros integram o ranking. O Mocotó, do chef Rodrigo Oliveira, ficou na 12º colocação, subindo quatro posições em relação ao ano passado. Roberta Sudbrack ficou em 13º, queda de três posições em relação a 2013.
Na segunda metade da lista, um bloco de brasileiros entre as posições 34 e 38: o Remanso do Bosque, restaurante mantido pelos irmãos Thiago e Felipe Castanho em Belém do Pará, subiu quatro posições e ficou no degrau 34. Em seguida vem o Olympe, de Claude e Thomas Troigros, no Rio. Em 36 º, Epice, de Alberto Landgraf, em São Paulo, que subiu 5 posições. O Attimo, comandado por Jefferson Rueda, em São Paulo, ficou no 38º lugar, seis abaixo do ano passado. O Fasano é o último brasileiro da lista, em 44º, tendo caído 21 posições – no ano passado estava na casa 23.
Argentinos. A Argentina, que no ano passado dominou a lista com 15 restaurantes, neste ano teve três restaurantes a menos, 12 no total. O mais bem posicionado foi, de novo, o Tegui, do chef Germán Martitegui, que continuou na nona posição. No entanto, o país ganhou dois prêmios: o restaurante que mais galgou postos na lista foi El Baqueano, de Fernando Rivarola e Gabriela Lafuente, que pulou do 39º para o 18º lugar; e o Tarquino, do chef Dante Liporace, foi o estreante na melhor posição: 16º. Ambos ficam em Buenos Aires.
Nova categoria: confeitaria. Pela primeira vez, o ranking elegeu o melhor confeiteiro da América Latina. O eleito foi o argentino Osvaldo Gross, conhecido principalmente por sua colaboração na formação de confeiteiros no Instituto Argentino de Gastronomía e por seus programas de TV nos canais Utilísima Satelital e Elgourmet.com.
A categoria já existe no prêmio global 50 Best, também organizado pela Restaurant, e em 2014 contemplou o chef Jordi Roca, do El Celler de Can Roca, da Espanha, atualmente o segundo melhor restaurante do mundo.
Outros prêmios. Também foram premiados o chef brasileiro Alex Atala (D.O.M.) pelo conjunto de sua obra, e a mexicana Elena Reygadas, do restaurante Rosetta, como a melhor chef mulher – seu restaurante ficou no 33º lugar na lista.
O prêmio de Chefs Choice, o melhor chef segundo escolha dos próprios chefs, foi para Gastón Acurio, que recentemente anunciou sua saída do Astrid y Gastón, para tocar um projeto multidisciplinar que inclui uma expedição pelo Peru para pesquisar ingredientes e preparos.
A lista dos melhores restaurantes é feita a partir da avaliação dos 252 membros do júri, que são jornalistas, chefs, restaurateurs, gastrônomos. A editora, Patrícia Ferraz, e o crítico de gastronomia do Paladar, Luiz Américo Camargo, fazem parte do júri. As indicações dos jurados são secretas: eles devem listar sete restaurantes latino-americanos em ordem de preferência em que tenham comido nos últimos 18 meses – pelo menos três dos sete indicados não podem ser do país natal do jurado. Da soma dos votos dos jurados, forma-se a lista.