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Restaurantes e Bares

Firin Salonu abre bar Süt com carta de drinques inspirada no Oriente

Ingredientes como arak e dukka compõem coquetéis do novo Süt Bar, que ocupa antigo estacionamento da casa de cozinha turca na zona oeste

Reçeli. Drinque de cachaça infusionada com sumak, shurb de framboesa, vinagre de maçã e açúcar. Foto: Daniel Teixeira|Estadão Foto: Daniel Teixeira|Estadão

A missão do chef Fred Caffarena de disseminar a culinária turca pela cidade parece incessante. Poucos meses após inaugurar a Esfiharia Kebab Salonu, o chef lança seu novo projeto, o Süt Bar, representante etílico do grupo, inaugurado na última sexta-feira (28). 

Instalado no mesmo endereço do Firin Salonu, o novo bar tomou conta do então estacionamento da casa – virou quintal, com direito a paredão grafitado, mesas comunitárias e charmosas luzinhas presas nas árvores. A ideia do chef é reproduzir o que conheceu nas ruas de Istambul: bares informais e descontraídos espalhados pela da cidade. 

Reçeli. Drinque de cachaça infusionada com sumak, shurb de framboesa, vinagre de maçã e açúcar Foto: Daniel Teixeira|Estadão

Já os drinques não são tal e qual se bebe por lá. Quem já experimentou a bebida nacional, o raki (destilado de uva com anis), sabe que não é fácil de encarar, principalmente na sua forma mais tradicional, apenas com água e gelo. Esse prepraro é conhecido como süt aslan, ou leite de leão, isso porque o raki quando misturado com água fica branco, como um leite. Daí o nome da casa. Quem quiser experimentar, Fred prepara, mas já avisa: não é para qualquer um. 

Tendo isso como fato, ele criou combinações que fazem a imersão na cultura mais suave, digamos assim. Como por exemplo limonarak, que combina o arak – destilado semelhante ao raki – com limão-cravo, limão galego e açúcar (relacionar à caipirinha seria insulto a ambos). O raki tônica é o que é, troca o gim pelo raki, chega acompanhado de tangerina e dá certo. O destilado é forte, mas também refrescante, como o gim. 

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As especiarias também desempenham grande papel no balcão do Süt: a dukka (tempero de amêndoa), por exemplo, finaliza o ezme, que é uma espécie de bloody mary com extrato de pimentão no lugar do tomate e gim no lugar da vodca. O balcão é diminuto: é para pedir seu drinque e voltar para o quintal. Mas ele guarda uma surpresa. Uma prateleria embutida na parede faz as vezes de porta, que dá acesso a uma sala privativa.

Ali será um speakeasy, inspirado nas casas de ópio, coberto com tapetes persas, pufes para sentar-se próximo ao chão e narguilés. O espaço deve inaugurar nos próximos meses, vai funcionar pela madrugada, a partir da 1h, após o serviço do próprio bar. A entrada será apenas para aqueles que fizerem reserva pelo site.  

Para acompanhar os drinques, as pides, espécie de esfiha alongada (que são o carro-chefe do Firin), não poderiam ficar de fora. Para o menu de comes, Fred retomou um clássico que andava de fora, a pide de espinafre com queijo de cabra, flor de abobrinha e pinoles, em versão menor, para comer em poucas bocadas. Mas atenção mesmo para o bolovo, aqui de moussaka, com berinjela, carne de cordeiro bem temperara e ovo de gema bem molinha.

Bolovo de moussaka. No menu do novo Süt Bar Foto: Daniel Teixeira|Estadão

SERVIÇO

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Süt Bar  R. Heitor Penteado, 147, Sumarezinho Horário de funcionamento: 16h/0h (fecha terça e quarta)  Tel.: 3803-8962 

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