Mais um endereço descolado abre na Barra Funda. É o Mescla, nova casa de Checho Gonzales, um lugar moderno, com ambiente despojado, duas mesas comunitárias, quatro ou cinco mesinhas e alguns lugares no balcão, que divide a cozinha e o salão. O restaurante é a cara do bairro, que está cada vez mais gastronômico.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/ZAYJYWWABBP3ZLD547HHEP6REY.jpg?quality=80&auth=3c4fedb7a54a8ed0daecfbfec00852d0c63b5da5ae890cd8de0c25d7e7883447&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/ZAYJYWWABBP3ZLD547HHEP6REY.jpg?quality=80&auth=3c4fedb7a54a8ed0daecfbfec00852d0c63b5da5ae890cd8de0c25d7e7883447&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/ZAYJYWWABBP3ZLD547HHEP6REY.jpg?quality=80&auth=3c4fedb7a54a8ed0daecfbfec00852d0c63b5da5ae890cd8de0c25d7e7883447&width=1200 1322w)
A cozinha tem pouquíssimos equipamentos, apenas fogão e salamandra para gratinar – não há forno e nem grelha. “Tenho isso na Comedoria Gonzales, aqui quero fazer coisas diferentes de lá”, diz o chef, que nasceu na Bolívia, mas já é quase mais brasileiro que boliviano. Checho está aqui há duas décadas, passou por restaurantes no Rio (entre eles o Zazá Bistrô) e em São Paulo foi da primeira equipe do D.O.M.
Irreverente e irrequieto, Checho está sempre inventando. Apostou na comida de rua, fez eventos e foi um dos pioneiros na nova fase no Mercado de Pinheiros, com sua Comedoria, de cozinha latina.
Pois no Mescla ele não tem qualquer preocupação em ser étnico. O que o cozinheiro quer é servir comida caseira e rústica – bem, com seu toque autoral.
O cardápio é curto, nada convencional, e a ideia é compartilhar tanto as entradas como os pratos. “O legal é vir com amigos, colocar várias coisas na mesa e ir provando um pouco de cada”, sugere o dono do restaurante que abriu oficialmente há uma semana.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/ERA4ZRZ4AVLNDMK5JLYP6YQD2U.jpg?quality=80&auth=155d56955e91e4cfce9fc6c5571bb91630f5285adc6bc50f7b46fb86accd442c&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/ERA4ZRZ4AVLNDMK5JLYP6YQD2U.jpg?quality=80&auth=155d56955e91e4cfce9fc6c5571bb91630f5285adc6bc50f7b46fb86accd442c&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/ERA4ZRZ4AVLNDMK5JLYP6YQD2U.jpg?quality=80&auth=155d56955e91e4cfce9fc6c5571bb91630f5285adc6bc50f7b46fb86accd442c&width=1200 1322w)
As pedidas são convidativas. Para começar, tem bochechas de peixe à milanesa, servidas em panelinhas de ágata, escoltadas por um creme de milho apimentado(R$ 25). O anticucho (espetinho) combina coração de galinha marinado e lula grelhada, (eles se igualam na textura!). Vem com creme de amendoim bem picante, delicioso, que dá vontade de comer de colher (R$ 27). Bolinhos de carne chegam em caçarola de ágata com molho de tomate e aliche (R$ 25).
São cinco pratos principais ao todo, começando pelo vegetariano, uma combinação de abóbora, batata, milho e queijo (R$ 40). Tem peixe vermelho com camarões e corações de galinha (R$ 71); panela com conchas, paio, frango e legumes (R$ 54). Tudo vem em pratos e panelas de ágata, acompanhado de fatias de pão, para chuchar nos molhos.
Checho pretende mudar o cardápio a cada estação. O prato mais marcante do menu de estreia é o peixe branco – no dia da visita era uma prejereba – escalfado, servido com caldinho de limão e leite de castanha, pedaços de abóbora caramelizada, vinagrete de azeitonas, farofa de castanha (R$ 60). Muito suave.
Na sobremesa tem creme de milho brulê, que o chef batizou de creme queimado (R$ 15).
A carta de vinhos foi feita pela sommelière Daniela Bravin, especialista em garimpar rótulos de pequenos produtores.
Fugindo da tendência atual, o Mescla não tem bartender e nem coquetéis preparados na casa – os poucos drinques são engarrafados, como o Dandara. Além deles, há chope .
SERVIÇO
MESCLA
R. Souza Lima, 305, Barra Funda Horário de funcionamento: 19h/0h (sáb. e dom., 12h/17; fecha 2ª e 3ª).