Inspirado nos restaurantes especializados em bao em Londres e Nova York, Paulo Yoller, dono da hamburgueria Meats, abre o Bao Bao Baby, na Rua dos Pinheiros. O pãozinho chinês branquelo e fofinho, cozido no vapor, está muito em alta pelo mundo – como é neutro e maçudo, acomoda bem recheios gordurosos, picantes e frituras.
Quem começou essa onda foi o americano de origem coreana David Chang, dono do Momofuku, em Nova York, e de vários outros lugares descolados de comida asiática contemporânea e autoral. E inspirou cozinheiros pelo mundo todo.
O Bao Bao Baby é um lugar pequeno e divertido – a decoração segue o estilo kawaii, com aqueles bonequinhos supercoloridos de desenho animado japonês.
Um dos destaques da decoração é uma parede de pimentas: são prateleiras repletas de molho de pimenta de todos os tipos e procedência. É um colaborativo de pimenta, quem quiser, pode trazer e doar a sua pimenta. Se não tiver uma igual ali, a pessoa ganha um bao. A casa ainda nem inaugurou oficialmente (a inauguração está marcada para 24/01), mas a coleção já tem 70 pimentas.
O esquema ali é o seguinte: você escolhe seu bao, paga e eles gritam seu nome quando o pedido está pronto. Aí você se acomoda nas mesas coletivas ou nas outras quatro ou cinco mesinhas nos fundos. Tudo muito informal.
São apenas quatro sabores de sanduíche e eles custam R$ 12. Tem cupim braseado, com rúcula com picles de rabanete; frango frito com kimchi, picles de cenoura e mostarda coreana. O vegetariano leva abobrinha escabeche, fritinha, com queijo boursin e castanha-do-pará. E tem ainda o de barriga de porco, com vinagrete de couve e aioli, que é uma espécie de maionese com alho, um clássico da cozinha espanhola.
Os sabores e as combinações são ótimos, mas você tem que abstrair a aparência, o bao ali é um pouco maior que o convencional, o que prejudica a estética: sobra recheio e falta a delicadeza que se vê nos baos que fazem sucesso pelo mundo.
Serviço
Bao Bao Baby
R. dos Pinheiros, 257, Pinheiros Tel.: (11) 98150-3740 Até o final de janeiro: 12h/0h (seg., ter., e qui., 17h/0h; fecha quarta)