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Onildo Rocha, 45, paraibano de João Pessoa, diz ter virado cozinheiro por “necessidade”. “Eu era hiperativo e não aguentava esperar ninguém cozinhar para mim”, ri. Da cozinha doméstica, onde lidava com as panelas sem grandes pretensões, assumiu a batuta dos fogões da lanchonete da família, tomou gosto pela profissão e decidiu seguir carreira.
Formou-se na Universidade Anhembi-Morumbi - onde aprendeu a teoria e as bases da gastronomia -, mas foi com o mestre francês Laurent Suaudeau, diz, com quem aprendeu a “ética da cozinha e o respeito com os ingredientes” em cada etapa do processo.
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Em 2013, Onildo estreou seu Cozinha Roccia, em João Pessoa, colocando em prática tudo o que aprendeu com Suaudeau: por meio de técnicas francesas e combinações culinárias daqui e de fora, o chef procura valorizar os ingredientes e os pequenos produtores de sua terra natal. “Essa é a marca do meu trabalho. Não vou dizer que foi fácil. No começo, ninguém entendia. Só davam valor a produtos importados. Alta gastronomia preparada com ingredientes nativos era coisa de outro mundo”, relembra.
Apesar dos pesares, fato é que o trabalho de Onildo rendeu frutos e ultrapassou as fronteiras da Paraíba. Desde 2021, ele é o chef responsável pelas cozinhas do restaurante Notiê e do bar Abaru, ambos do espaço Priceless. Sua missão, agora, é reproduzir, no centro de São Paulo, o trabalho que já realizava em João Pessoa, mas com ingredientes e receitas de todo o Brasil. Para montar o cardápio de cada temporada - a primeira foi sobre os Sertões -, Onildo e outros embaixadores do projeto viajam em expedição pelas regiões do País para conhecer novas culturas, novos ingredientes e modos de preparo. O último roteiro percorreu a Amazônia. O que será que o chef trouxe de lá na mala?