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Restaurantes e Bares

Os novos pratos do restaurante Chou, em Pinheiros; confira

Desde a abertura, em 2008, a chef Gabriela Barretto ainda não havia feito uma grande mudança no cardápio, que ganhou 17 pratos

Ricota cremosa feita na casa com zaatar, abobrinha confitada e menta, servidacom pão chato. Foto: Gui GalembeckFoto: Gui Galembeck

No livro que lançou em 2016, Gabriela Barretto ensina Como Cozinhar Sua Preguiça em 51 receitas. Preguiça essa que a própria chef confessa ter diante de pratos que exigem um sem-fim de passos para execução - daí as pedidas carregadas de simplicidade, que são a marca de sua cozinha. E essa mesma preguiça, admite, a fez postergar, por 13 anos, uma grande mudança no cardápio do Chou, em Pinheiros. “Não basta criar receitas. É preciso treinar toda a equipe, colocar o serviço nos eixos, lidar com clientes decepcionados com a retirada de seus pratos preferidos.”

Ricota cremosa feita na casa com zaatar, abobrinha confitada e menta, servidacom pão chato. Foto: Gui Galembeck

Mas a pandemia e os meses que se arrastaram com o restaurante de portas fechadas despertaram em Gabriela uma necessidade de se preparar para a nova fase, a da reabertura. Lançou 17pratos - simples, descomplicados e cheios de sabor, “que aplacam a fome de prazer, apaziguam o estômago e confortam”, palavras que ela própria escolheu em seu livro para descrever sua comida. E faz jus.

Comece pelo começo. As entradas para compartilhar, batizadas de mezzes, têm grande relevância no cardápio e ocupam boa parte dele - só ali brilham 14 opções. O rillette artesanal de porco caruncho caipira, que vem do Vale do Paraíba, é servido sobre fatias de pão de fermentação natural, com picles e mostarda (R$ 41). As lulinhas de Santa Catarina, “queimadinhas e suculentas”, são preparadas com harissa, alho, vinhos branco e manteiga (R$ 54). A ricota cremosa, outro ponto alto, é servida com zaatar, abobrinha italiana confitada e menta (R$ 27) - use o pão chato, que acompanha, para limpar o prato cada milímetro da superfície do prato.

Rillette artesanal de porco caruncho caipiracom pão de fermentação natural,picles e mostarda. Foto: Gui Galembeck

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Da grelha a carvão e lenha, grande estrela da cozinha do Chou, sai o novo american steak de porco duroc (também do Vale do Paraíba) temperado apenas com salmorigano, gergelim e limão em conserva (R$ 85). Vale pedir para compartilhar se você tiver mergulhado de cabeça (e estômago) nas mezzes. A kafta artesanal de cordeiro, com picles, harissa, laban, ervas (R$ 67), é outro destaque e também vem com o tal pão chato grelhado - arranque um pedaço dele com as mãos e recheie com cada componente do prato, “como um kebab”, orienta a chef. Ah, o risoni com vôngoles frescos de Santa Catarina não vem da grelha, mas também merece a pedida (R$ 69).

Não ouse fechar a conta antes de pedir o queijo e doce (R$ 51), que combina um naco generoso de queijo azul de cabra do Capril do Bosque com a compota de figo da dona Elena, lá de Poços de Caldas (tem como ser mais descomplicado que isso?). Se sobrar apetite, siga para o bolo de banana-passa com butterscotch e laban (R$ 25).

Em resumo, não menospreze sua preguiça, indica Gabriela. “A minha me empurrou por caminhos criativos e se tornou meu verdadeiro método de trabalho.”

Serviço

Chou R. Mateus Grou, 345, Pinheiros. Funcionamento: 19h/23h (sáb. 13h/17h e 19h/23h; fecha dom. e 2ª).

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