Depois de três meses de portas fechadas para reforma, a casa do chef Thiago Bañares reabre com suas tigelas de lámen fumegante nesta quinta (25) no jantar. Mas prepare-se para encontrar muito mais do que noodles e o famoso katsu sando no novo menu.
O Tan Tan continua o mesmo, mas mudou, agora duplicado, com 55 lugares (em vez de 24) entre os dois salões com dois balcões e as mesas na calçada protegidas por toldos. O que aconteceu é que Tan Tan aceitou de vez a sua vocação de bar. Na ala nova, o balcão é exclusivo para a coquetelaria, com direito a uma geladeira para as taças (Thiago viu isso num bar do Japão e amou), além de uma prateleira com mais de 50 bitters coletados pelo mundo. A nova iluminação, mais baixa, deixa o lugar mais intimista que comprova o novo perfil da casa.
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A carta de drinques, totalmente repaginada, foi elaborada por Thiago em parceria com o bartender Douglas Peres, que passou os meses da reforma como estagiário no Carnaval, bar no Peru que é referência em coquetelaria conceitual.
São oito drinques autorais em que eles incorporaram elementos da cozinha nas receitas, como o yoishi soul (R$ 33), que leva pisco infusionado com katsuobushi (peixe seco defumado que aparece como base de pratos japoneses), vermute tinto e licor de framboesa, amaro e angostura. Tem sabor levemente defumado e envolve a boca.
Além da brincadeira com os ingredientes orientais, Peres também apresenta releituras de clássicos, como o dirty collins, que leva gin, xarope de azeitona siciliana, limão e soda. Super refrescante, assim como um dirty martini.
O menu manteve os clássicos (guiozas e katsu sando, entre outros), mas tem novos pratos, vários deles para dividir, caso do tartare coreano (R$ 32), o yukhoe de wagyu e ostra cortados na ponta da faca, levemente temperados e finalizados com anchovas desidratadas. Da seção para comer com as mãos, juntam-se aos sanduíches o tempura taco, uma tortilla de trigo com espinafre recheada com tempurá de peixe, pirão e salsa criolla, um tex-mex só que japonês.
Os noodles (servidos apenas no salão) agora são preparados com caldo bovino, coisa rara em São Paulo, onde a maioria tem como base carne suína ou de ave. Chamado gyukotsu, leva 18 horas para ficar pronto e dá sabor complexo aos lámens – o favorito do chef é o shoyu ramen (R$ 45), que leva também tarê de shoyu, rosbife, costela, cebolinha e conserva de bambu.
E agora o Tan Tan também tem um couvert. A refeição começa com uma porção de batata chips temperadas com alga nori em pó, crocantes e cheias de umami, e chegam na melhor embalagem.
SERVIÇO
TAN TAN NOODLE BAR
Rua Fradique Coutinho, 153, Pinheiros Horário de funcionamento: 18h/23h30 (fecha seg.)