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40 vinhos de inverno de até R$ 100 para todo tipo de bebedor

Você pode ser conservador ou ousado, um bom anfitrião, alguém que quer impressionar ou um entusiasta do frio, aqui você encontrará um bom vinho

O bebedor que ama o inverno, o que é fã incondicional dos clássicos, o que adora provar coisas novas e diferentes, o que tem prazer em receber os amigos e o que quer impressionar seus companheiros foram a inspiração para esta lista de vinhos perfeitos para se tomar nos dias mais frios do ano. 

Nesta temporada, o foco está nas comidas quentinhas e reconfortantes da estação e, por harmonização, foram privilegiados os tintos. 

Vinhos de inverno para todo tipo de bebedor Foto: Ilustração: Carlinhos Muller/Estadão

Mas os fãs de branco não ficaram de fora, e há sugestões também para aqueles que querem se jogar numa bela moqueca, num prato de mariscos ou na tradicional fondue. 

Esta coleção é formada por 40 rótulos de bom custo-benefício com preço de até R$ 100 e que têm a cara do inverno: são encorpados, mais alcoólicos, com notas aromáticas adquiridas no contato com a madeira, e que, acima de tudo, são prazerosos, pero sin perder la acidez jamás. (Não importa a estação, frescor é sempre importante quando se trata de vinho.)

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Entusiasta do inverno

Para esse bebedor, é chegada a grande estação do ano, em que tudo é intenso e maravilhoso: muito corpo, muito álcool, muito vinho!

Vinhos para entusiastas do inverno Foto: Reprodução

Krohn Porto Ambassador Ruby

Origem: Porto, Portugal; Preço: R$ 59,90 no Pão de Açúcar

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Ninguém acreditou muito bem no preço desse vinho durante a degustação. É um belíssimo exemplar de Ruby, o tipo de vinho do Porto em que o caráter de fruta negra madura é o que mais se destaca e que harmoniza à perfeição com sobremesas de chocolate. É do tipo que não pode faltar num banquete de inverno para fechar o jantar. E ainda faz o par perfeito com a fondue de chocolate. #Achado

Odfjell Armador Cabernet Sauvignon Orgânico 2016

Origem: Maipo, Chile; Preço: R$ 81 na World Wine

Uma opção orgânica para o amante do inverno, esse Cabernet Sauvignon chileno é uma festa para o nariz, supercomplexo – mescla frutas negras, especiarias (pimenta-preta), alcaçuz e chocolate. Na boca, além do bom corpo, traz muita acidez. No fim da garrafa, você ficará em dúvida se quer mais uma taça. Mas uma certeza terá: ele esquenta! Prove com um bom cozido.

Cisplatino Tannat Merlot 2017

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Origem: Progreso, Uruguai; Preço: R$ 83,21 na Mistral

Há uma explicação para que o corte Tannat e Merlot seja tão popular no Uruguai. O caráter aveludado da Merlot dá maciez aos taninos rústicos da Tannat. Faz total sentido. E aqui está um belíssimo exemplo desse casamento, um vinho agradável feito pela família Pisano, personagens encantadores do paisito (se você não conhece, vale pesquisar!). Vai brilhar em qualquer churrasco.

Antigua Bodega Stagnari Pedregal Tannat 2015 

Origem: Canelones, Uruguai; Preço: R$ 83,70 na Winerie

Se você é do tipo que gosta do inverno porque pode ir à cozinha e fazer assados por horas, deixando a casa toda aquecida pelo forno ligado, já achou a combinação ideal para aquele pernil de cordeiro. Esse Tannat uruguaio é adstringente no ponto e traz deliciosas notas de chocolate. Vale abrir meia hora antes ou até mesmo decantá-lo.

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Vinhos para entusiastas do inverno Foto: Reprodução

Chakana Nuna Bonarda 2018

Origem: Lujan de Cuyo, Argentina; Preço: R$ 88 na La Pastina 

O grande lance desse vinho argentino é que ele é um excelente acompanhante para comidas caldosas, seja uma sopinha – a boa e velha canja – ou um lámen bem gordinho. Ele tem aromas deliciosos de fruta negra fresca com um toque de hortelã ao final. Na boca, boa acidez (para acompanhar a gordura do caldo) e corpo médio.

Fantini Sangiovese Igt 2016 

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Origem: Abruzzo, Itália; Preço: R$ 88 na World Wine

Os aromas são de fruta vermelha madura, morango e cereja, e há também uma nota floral bem marcada. Mas o que chama a atenção aqui é a belíssima acidez, que, com o corpo médio, é perfeita para acompanhar um frango assado ou cozido e… fondue de queijo. Eis um vinho tinto para a fondue: sua acidez faz frente sem problemas à gordura do queijo.

Clos de los Siete by Michel Rolland 2016

Origem: Vale do Uco, Argentina; Preço: R$ 83 na Wine.com.br

Uma bela chance de provar como um corte francês (Syrah, Malbec, Petit Verdot, Cabernet Sauvignon) se sai no Vale do Uco, um dos terroirs mais interessantes de Mendoza. Esse rótulo traz ainda a assinatura de Michel Rolland, um dos mais reconhecidos enólogos franceses, que ficou famoso por fazer vinhos robustos com muita presença de madeira. 

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Santa Digna Gran Reserva Syrah 2017

Origem: Cruz de los Andes, Chile; Preço: R$ 93,65 na Devinum

Agradável no nariz, com notas de frutas vermelhas bem maduras e outras que vêm de seu estágio em carvalho: defumado, baunilha, caramelo. Na boca, está entre os mais encorpados da seleção e tem um final de chocolate amargo. Pelo toque defumado e seu supercorpo, vai bem com churrasco, mas vale provar também com assados.

 

Para quem sabe impressionar

Com essa lista, sua turma não vai ter dúvida de que você entende mesmo de vinho, é um verdadeiro connoisseur. Não se trata de gastar muito ou de exibir rótulos famosos, mas de servir pérolas e novidades de qualidade.

Vinhos para quem sabe impressionar Foto: Reprodução

Solea Nero D’avola 2018

Origem: Sicília, Itália; Preço: R$ 73,90 na Casa Flora

A beleza do vinho italiano está na sua altíssima acidez e na sua capacidade gastronômica. Além disso, aqui há um leque aromático vastíssimo: fruta vermelha ácida, ervas frescas de um bouquet garni, notas de tabaco. É um excelente custo-benefício, de corpo médio e tanino marcado. Prove com coq au vin ou pesto

Salton Desejo Merlot 2012

Origem: Serra Gaúcha, Brasil; Preço: R$ 79 na loja da vinícola

Aqui está uma boa oportunidade de provar um vinho evoluído, com sete anos, e em belo estado. Há notas que vêm da idade: frutas secas (nozes) e mentol. Na boca, vale notar a elegância: não está no time dos exuberantes ou superextraídos: é todo na medida, aveludado, com ótima persistência. Vai bem com sopa de cebola francesa. #Achado

​Fuenteseca Cabernet Sauvignon e Bobal 2015

Origem: Utiel-Requena, Espanha; Preço: R$ 89 na Vindame

Uma casta diferentona (Bobal) de uma região pouco conhecida (Utiel-Requena) em um resultado muito feliz. É superfloral, além de trazer notas de tabaco e ameixa seca. Um vinho muito equilibrado e redondo, com taninos finos e delicados. Harmonize com carnes ou com tábuas de frios. #Sai da mesmice

La Consulta Malbec Reserva 2017

Origem: Vale do Uco, Argentina; Preço: R$ 86,41 na Premium Wines

Frutado e bem maduro, esse vinho é uma delicinha, deixou todos os participantes da prova com vontade de mais. É exuberante, persistente, com muito sabor. Para harmonizar, vá por antagonismo, com um filé au poivre (a pimenta esquenta, ele esfria), ou por similaridade, com quiche de queijo chèvre#Delicinha ​

Vinhos para quem sabe impressionar Foto: Reprodução

La Viña de Ayer Garnacha 2016

Origem: Castilla y León, Espanha; Preço: R$ 85 na Via Vini

Os aromas são ricos: há fruta em compota (cereja negra em calda), especiaria (cravo e canela) e um toque defumado. A dica aqui é abrir a garrafa um pouco antes para que eles apareçam ainda mais. Na boca, corpo médio, ótima acidez e equilíbrio. Vai bem com filé-mignon e risoto com bastante queijo. 

Esteva Casa Ferreirinha 2017

Origem: Douro, Portugal; Preço: R$ 91,90 na Adega Pão de Açúcar

Vale para quem quer usar o nome Barca Velha, um dos maiores tintos de Portugal, e apresentar seu irmão caçula: o Esteva é o vinho de entrada da Casa Ferreira, que produz ícones do Douro. É uma delícia, com fruta negra madura e muita concentração, volume, taninos, tudo amplificado. Vai com carnes e até com bacalhau

Alain Brumont Petit Torus 2012

Origem: Mandiran, França; Preço: R$ 98,52 na Decanter

Essa indicação vale para mostrar aos amigos como é a Tannat em seu berço, o Mandiran, na França, e o que acontece quando é vinificada por um grande produtor, Alain Brumont. Trata-se de um corte com Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, com muito corpo e alto potencial de adstringência, que orna com magret de pato.

La Bodega de Pinoso Alicante Cepa 50 2016

Origem: Alicante, Espanha; Preço: R$ 99 na Belle Cave

Esse vinho impressiona. Pode ser aberto em uma data comemorativa ou transformar qualquer dia comum em especial. O nariz é cheíssimo: tem fruta, flor, especiaria, aromas advindos da barrica. Os taninos são finos e abundantes, de qualidade e em quantidade. Resumindo, é vinhão, com aromão e bocão. #Achado

Bom anfitrião

Sabe aquele amigo que gosta de receber? Essa lista é para ele, pois reúne vinhos que agradam a gregos e troianos e são sucesso em casamentos, churrascos e encontros de família.

Vinhos para um bom anfitrião Foto: Reprodução

Roquevale Tinto Da Talha 2017

Origem: Alentejo, Portugal; Preço: R$ 58,60 na Adega Alentejana

Se sua turma é grande, não há dúvidas, encomende logo uma caixa: o preço permite, e aromas e sabores agradarão. Há fruta negra madura (mirtilo e cereja) e, na boca, muita adstringência e acidez intensa, com corpo e taninos médios. Um vinho honesto e gastronômico, que entrega o que promete. Para impressionar na harmonização, regue um filé-mignon de porco com calda de frutas do bosque.

Tricky Rabbit Pinot Noir Syrah 2016

Origem: Maule, Chile; Preço: R$ 74 na Wine Lovers

Para quem vai receber amigos iniciantes no mundo do vinho, esse rótulo garantirá o sucesso: ele tem açúcar residual para cativar os que ainda se espantam com a adstringência dos tintos. (Vale também para os fãs de Pinot do Novo Mundo, mais amigáveis.) Um vinho simples, mas com preço interessante, que harmoniza bem com bruschetta caprese, burrata e pizza margherita

Régia Colheita Reserva 2015

Origem: Alentejo, Portugal; Preço: R$ 79,78 na Casa Flora

Fruta, fruta, fruta, fruta e uma nota de especiarias fazem desse vinho uma maravilha democrática. Trata-se de um corte de Alicante Bouschet (a maior delícia invernal portuguesa, pura geleia de fruta negra), Aragonez e Trincadeira, com breve passagem por barrica e 13,5% de álcool, o que o faz perfeito para a estação. Abra para encher taças em uma mesa de tira-gostos e tábuas com embutidos e queijos curados.

Santa Alvara Cabernet Sauvignon 2017 

Origem: Vale de Rapel, Chile; Preço: R$ 59,87 na Mistral

Feito pela Lapostolle, casa fundada pelos herdeiros do Grand Marnier, esse rótulo é para a turma amante dos vinhos encorpados. Vem do Chile, com seus aromas de cereja madura e um herbáceo que remete a ervas secas. Seus taninos são intensos (desses que grudam em toda a boca), é encorpado, mas ainda assim muito elegante. Para acompanhar carnes mais magras, como maminha ou fraldinha, ou até mesmo carne de sol com macaxeira. #Achado

Vinhos para um bom anfitrião Foto: Reprodução

La Posta Tinto Red Blend 2016

Origem: Mendoza, Argentina; Preço: R$ 92,95 na Vinci

Esse corte de Malbec com Bonarda e Syrah é feito no projeto pessoal de Laura Catena, filha do fundador da vinícola Catena Zapata, Nicolas. É agradável e redondo, equilibrado, com fruta (vermelha bem ácida) nos aromas, e perfeita harmonia entre taninos (aveludados), frescor, álcool (13%) e corpo (médio). É versátil, ótimo para ter na adega e servir quando é preciso improvisar.

Bojador Tinto 2015

Origem: Alentejo, Portugal; Preço: R$ 97 na Wine Lovers

Um best-seller absoluto, esse vinho agrada a todos e não tem como errar. É frutado, macio, tem boa acidez, taninos que não ferem – todos os predicados que conquistam a família brasileira e turmas de amigos. Feito com Aragonez, Touriga Nacional, Trincadeira e apenas leveduras nativas, é natural como os modernos gostam. Com arroz de carreteiro é um estouro.

Franco Francesco Barbera D’asti 2015

Origem: Piemonte, Itália; Preço: R$ 99 na Vindame

Abra essa garrafa em um dia menos frio e aproveite o frescor da Barbera do Piemonte, que aqui traz notas de frutas vermelhas frescas, um corpo mediano e taninos fininhos. Vai fazer bonito naquele jantar que vira festinha de última hora (e, quando você menos espera, tem uma mesa de antepastos, uma massa no fogão e amigos cheios de sede). A acidez desse vinho vai conquistar a todos.

Croft Fine Tawny Porto

Origem: Porto, Portugal; Preço: R$ 99 na La Pastina

Uma boa refeição na casa de um grande anfitrião tem que ser deliciosa e completa até o fim, com uma sobremesa caprichada e vinho para acompanhar. Esse Tawny, estilo do Porto em que as características adquiridas após o vinho estagiar em madeira se destacam, traz as notas típicas de frutas secas e de mel. Brilha com os doces conventuais portugueses ou com creme brulê.

Bebedor ousado

Com tanta coisa para se provar no mundo, por que insistir na mesmice? Essa seleção é para quem gosta de explorar novos estilos, castas e terroirs ou versões inovadoras de clássicos.

Vinhos para os ousados Foto: Reprodução

Ch. Barouillet Bergecrac 2017

Origem: Sudoeste, França; Preço: R$ 98 na De la Croix

Um vinho natural que é um belo par para uma sopa de tomates ou para um dia menos frio. Os aromas são de fruta e pimenta-negra. Na boca, é elegante, tem corpo leve e muito frescor. Isso faz com que fuja do perfil clássico de vinho de inverno, mas os mais ousados o entenderão pelo seu potencial de harmonização – e vão gamar.

Las Niñas Inocencia Syrah-mourvedre 2016

Origem: Apalta, Chile; Preço: R$ 92,70 na Wineri

Um belo vinho que traz o DNA do Chile (vem da região nobríssima de Apalta) com elegância. Tem aromas adocicados que lembram tarte tartin e calda de morango. Muito macio, com taninos finíssimos, tem acidez alta e corpo médio, ideal para acompanhar o frango de padaria e batatas assadas com alecrim. 

​Vallontano Cabernet Sauvignon 2015

Origem: Vale dos Vinhedos, Brasil; Preço: R$ 63,90 na Mistral

Esse é um vinho a ser descortinado, nada óbvio e certamente rústico, mas com boa tipicidade da Cabernet Sauvignon, com toque herbáceo e mentolado. Evite se você não é o maior fã de taninos, porque aqui eles são mais duros. É o par perfeito para um cordeiro na churrasqueira. 

Além Mar Villaggio Grando 2012

Origem: Serra Catarinense, Brasil; Preço: R$ 85 no site da vinícola

A Brett (como é chamada a Brettanomyces pelos connoisseurs) é um tema polêmico: há quem ame, porque dá um caráter rústico e “real” ao vinho; há quem odeie, porque pode ser sinal de sujeira, defeito. Aqui, há Brett no limite da rusticidade e agradou. Outros aromas: chá-preto, castanhas, damasco seco. Ousado e complexo. #Evoluído

Vinhos para os ousados Foto: Reprodução

Riveras Del Chillan Merlot 2016

Origem: Itata, Chile; Preço: R$ 83,50 na North Wine

A ousadia fica por provar um clássico do Chile (Merlot) de uma região que é uma das novas fronteiras, Itata. Os aromas são muito exuberantes e há camadas e mais camadas deles: especiarias (canela, cardamomo), fruta e eucalipto. Muito gastronômico, é intenso e agradável, com bom corpo, equilíbrio e persistência. Prove com comida indiana, como um curry de legumes com tofu.

Vinilo Ruido Malbec 2017

Origem: Vale do Uco, Argentina; Preço: R$ 69,96 na Grand Cru

Sempre vale a pena voltar a esse rótulo, um Malbec diferente de tudo o que você já provou, muito fácil de beber. Traz aromas típicos de fruta negra, alcaçuz e violeta, mas na boca é mais macio, fresco e leve que o normal. Bom para prolongar a magia das tardes invernais, para o pós-churrasco, quando não se aguenta mais muito peso, ou para acompanhar uma massa com molho de queijo e cogumelos.

​Clos De Fous Pour Ma Gueule Blend 2016

Origem: Itata, Chile; Preço: R$ 94 na World Wine

Corte de 76% de Cinsault, 16% de País e 8% de Carignan que vem de Itata. Não precisa dizer muito mais que isso para atrair os enófilos mais saidinhos. Quer mais? É um projeto de um quarteto de peso que inclui o especialista em terroir Pedro Parra e o enólogo François Massoc. Um vinho de sede, para ser tomado sozinho quando se recebe os amigos, ou com uma mesa variada de petiscos.

Bebedor conservador

Não gosta de surpresas ou inovações. É fã de vinhos em que a presença de madeira é evidente e prefere castas clássicas e vinícolas conhecidas.

Vinhos para o bebedor conservador Foto: Reprodução

Cobos Felino Malbec 2017

Origem: Mendoza, Argentina; Preço: R$ 99,80 na Vino Mundi

Um Malbec bem típico, com o clássico aroma de violeta e de ameixa cozida, extremamente limpo, com um toque mentolado no final. Tem a assinatura do enólogo norte-americano Paul Hobbs, um queridinho da era Parker que faz vinhos seguindo uma cartilha que preza pelo corpo e pelo uso da madeira. Prove com uma massa folhada com queijo, um risoto cremoso, uma massa ao molho de creme de leite e funghi ou até um escondidinho de carne de sol.

Terranoble Cabernet Reserva 2017

Origem: Colchagua, Chile; Preço: R$ 75,80 na Vino Mundi

Aromas de fruta vermelha fresca (acerola, pitanga) dão o primeiro alô. Depois, sente-se uma nota herbácea. Mas é a acidez e seu corpo médio que cativam e tornam esse vinho hipergastronômico. Vai bem com risoto de pato ou de gorgonzola e figo. 

Dominio De Fontana Tempranillo E Cabernet Sauvignon 2014 Crianza 

Origem: Uclés, Espanha; Preço: R$ 90 no PNR

Esse vinho levanta a bandeira espanhola, com seu bom uso de carvalho francês e americano, que lhe conferem aromas abaunilhados, taninos finos e delicados, e muito corpo. É um corte de 70% Tempranillo e 30% Cabernet Sauvignon, com adstringência e excelente textura. Prove com ossobuco.

Estancia Mendoza Malbec Roble 2017

Origem: Mendoza, Argentina; Preço: R$ 59,91 na Barrinhas

Um vinho muito redondo, sem arestas, e bastante agradável. Aqui, tudo é amigável e nada agride: muita fruta e juventude no nariz, acidez no ponto, tanino macio, corpo médio e boa adstringência. Um ótimo acompanhante para aperitivos do churrasco, como a seção que inclui os corações de galinha. 

Château Lalaurie 2016

Origem: Bordeaux, França; Preço: R$ 69,90 no St. Marche

Não se desanime pela discrição dos aromas desse rótulo, que tem um toque vegetal. Ele é generoso mesmo quando vai à boca, com muita elegância, um equilíbrio perfeito, tanino de boa textura e zero sobra de álcool. Acompanha bem abobrinha assada recheada com carne ou com queijo brie.

Para quem é de branco

Tintos não são a única opção no inverno. Brancos (e rosés e espumantes, e tudo o que mais existir no mundo do vinho) estão liberados e são bem-vindos. Só precisam ter estrutura para acompanhar pratos de inverno e ter bons níveis de álcool. Algumas castas são amigáveis em dias frios por natureza. Outras podem se tornar a partir da vinificação.

Vinhos brancos para o inverno Foto: Reprodução

Riesling Yealands Way 2014

Origem: Marlborough, Nova Zelândia; Preço: R$ 84,99 na Adega Pão de Açúcar Um bom produtor com um vinho de entrada de preço excepcional. Tem boa tipicidade, com aromas de pedra de isqueiro e muita mineralidade (além de um agradável toque floral). Na boca, as notas se repetem e há muita acidez. Tem a estrutura desejada para acompanhar uma moqueca, com leite de coco e dendê, e outros pratos de frutos do mar, como polvo a la plancha ou lagosta gratinada. #Achado​

99 Rosas Viognier Chardonnay 2018

Origem: Terra de Castilla, Espanha; Preço: R$ 50,67 na Casa Flora Esse rótulo orgânico de cor dourada é supersedutor no visual e no nariz, com aromas cítricos (lima, limão-siciliano) e de frutas brancas. Na boca, é untuoso e alcoólico (com 13%) e tem bom frescor, num equilíbrio muito interessante. Vai com queijos moles e de casca lavada, com carne de porco, e pratos com mariscos. Vale ser servido a 10°C. 

Errazuriz Estate Series Chardonnay Reserva 2017

Origem: Casablanca, Chile; Preço: R$ 79,90 na Grand Cru

Um bom Chardonnay com passagem em madeira tem seu valor no inverno. Esse aqui não deixa a desejar: é fermentado em barrica de carvalho francês, o que lhe dá textura e notas cremosas, que se aliam às de frutas tropicais como abacaxi. Na boca, tem excelente acidez e estrutura para acompanhar pratos cremosos, como bacalhau com natas e fettuccine Alfredo.

Casa Valduga Terroir Gewurztraminer 2018

Origem: Serra do Sudeste, Brasil; Preço: R$ 73,90 na loja da vinícola

Para fugir do comum, que tal um Gewurz (para os íntimos) gaúcho? Traz aromas típicos de lichia e jasmim. Na boca, é macio, fresco e relativamente leve. E por que então bebê-lo no inverno? Porque não vai haver melhor acompanhante para um curry apimentado, para pratos da gastronomia chinesa que abusam da pimenta, para iguarias tailandesas cheias de condimentos. É pela harmonização que esse vira um rótulo ideal para os dias mais frios. 

Arrase no serviço 

Não é porque está frio que vai ser melhor tomar o vinho em temperatura ambiente – ela prejudica a apreciação das qualidades da bebida. Brancos devem ser guardados entre 8°C e 12°C e tintos, de 15°C a 18°C. Mas, no inverno, o ideal é servir os vinhos em temperatura de 1°C ou 2°C acima da habitual. 

Quanto à taça, para simplificar, o modelo Bordeaux é o mais universal e tem espaço suficiente para que o vinho gire e seja aerado. Em contato com o oxigênio, ele “se abre”, mostra mais aromas e nuances de sabor.

 

Especialistas convidados

A maior parte dos vinhos desta coleção foi selecionada em uma degustação realizada no restaurante Fleming’s com o sommelier da casa Gabriel Raele, além de Tafael Marcon, do bar à vin Dionysos, e Renata Quirino, sócia e sommelière do restaurante Azulejo. Com eles, provei 32 vinhos, que foram avaliados por suas características e preço. Escolhemos os 28 melhores. Os outros 12 que compõem a seleção foram garimpados em feiras, eventos, degustações e lojas.

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