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Afinal, o Brasil é um país de brancos, tintos ou de espumantes?

Marcelo Copello, presidente do júri do Grande Prêmio Vinhos do Brasil, responde essa e outras perguntas da coluna

Marcelo Copello, presidente do júri do Grande Prêmio Vinhos do Brasil, que divulgou sua lista de vencedores na segunda-feira (17), responde três perguntas sobre a competição e a bebida. Leia a entrevista na íntegra:

Marcelo Copello, presidente do júri do Grande Prêmio Vinhos do Brasil Foto: Grande Prêmio Vinhos do Brasil

Qual foi a maior surpresa na prova deste ano? O aumento da qualidade, com 37 medalhas de duplo-ouro (contra oito em 2018) e a maior diversidade. Tivemos excelentes vinhos de castas que eu nunca imaginei ver com sucesso no Brasil, como Nebbiolo, Malbec, Alicante Bouchet, Montepulciano, Gewuztraminer, Touriga Nacional.Qual a maior decepção? Todo concurso é uma pirâmide, com os melhores no topo e uma base de qualidade menor. Na base, ainda vemos muitos erros básicos de enologia: tintos de pouca estrutura com excesso de extração e de madeira, Brettanomyces (aroma de estábulo ou de cavalo). Nos espumantes, uma categoria que todos fazem por questão de mercado, há muita redução (aroma de pano de chão sujo), acidez volátil (aroma de vinagre), etc. Brasil é um país de brancos, de tintos ou de espumantes? Os espumantes estão com mercado consolidado e temos uma elite de produtos de nível internacional. Mas o crescimento, em quantidade e qualidade, está nos tintos. Este ano, foram 373 espumantes com 99 medalhas. Nos tintos, 450 amostras com 164 medalhas.

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