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Britânicos fazem espumante que promete rivalizar com Champanhe

Aquecimento global melhora condições do clima da Inglaterra para a produção da bebida; no Brasil, rótulos poderão ser provados em masterclass promovida pela escola Enocultura

Se você nem sabia que os britânicos (aqueles seres que vivem em terras eternamente cinzas no nosso imaginário) fazem vinho, prepare-se: o país tem 2 mil hectares de vinhedos, 470 viticultores, 135 vinícolas e, em Sussex, faz um espumante que promete rivalizar com Champagne – em preço e qualidade. A produção é nova, coisa de 15 anos, mas já atraiu francesas de renome como a Taittinger e a Pommery, que anunciaram investimentos no Reino Unido. 

Champanhe. Rótulos das casas Nyetimber, Gusbourne e Ridgeview, citados pela crítica entre os melhores do Reino Unido Foto: Divulgação

Com apenas 6 milhões de garrafas por ano (dados de 2014), os rótulos britânicos são consumidos localmente, na China e na França. No Brasil, haverá uma chance de prová-los em dezembro. A escola Enocultura (www.enocultura.com.br) promoverá uma masterclass com seis rótulos no próximo dia 15 (R$ 269). A aula inclui a história e as características de vinificação e degustação de seis rótulos, entre eles, os das casas Nyetimber, Gusbourne e Ridgeview, citados pela crítica inglesa Jancis Robinson entre os melhores do Reino Unido. 

O pulo do gato, por incrível que pareça, é o aquecimento global, que preocupa e prejudica os franceses, mas melhora o clima na Inglaterra, salvo em anos excepcionais. O solo tem semelhanças. Algumas das regiões produtoras como Sussex repetem o calcário de Champagne. Da tipicidade, pode-se esperar aroma de brioche e avelãs e mais acidez que Champagne, o que os dá potencial de guarda, afirma Paulo Brammer, sócio da Enocultura. “O maior problema deles hoje é não ter reserva para fazer vinhos não-safrados”, diz.

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