Não se desespere se, até agora, a dois dias da noite de Natal, você não sabe como vai encher suas taças: aqui vão dicas de última hora para se encontrar o casamento ideal para as estrelas da sua ceia.
Se a vedete da mesa é um peru lindamente assado, tintos frutados mais frescos, com aromas de morango e framboesa, caem bem. Tente um Garnacha espanhol, um Carignan do Languedoc Roussillon (que, além dos predicados sensoriais, pode oferecer boas opções de preço) ou a queridinha de muitos, a Pinot Noir. Esta última brilhará forte.
Lembre-se de que a carne suave do peru pede distância de taninos. Fuja deles assim como de vinhos potentes, de cepas com mais personalidade (corpo, álcool, volume) e de regiões quentes. Se preferir os brancos, um Chardonnay com madeira fará a festa da festa.
Para o tender, que geralmente é preparado com frutas, mel e outros ingredientes chegados ao açúcar, busque vinhos frescos, como os produzidos pelos crus de Beaujolais, região que já foi patinho feio, mas que hoje tem a crítica na mão. Outras opções são os que trazem toques de especiarias, como os que têm Syrah, seja nos cortes GSM (Grenache, Syrah e Mourvèdre) ou em carreira solo. Pela doçura, os mui estimados Primitivos de Puglia e de Manduria fazem bonito.
Por fim, para o bacalhau, se a receita incluir creme de leite, tente um branco mais estruturado, com passagem por madeira. Se for carregado no azeite e no sal, busque os mais frescos, como um Alvarinho. Se os tintos dominam seu coração, evite taninos e busque acidez. O único proibidão aqui é cair no eterno debate sobre tinto ou branco. A lei é atender o que pede o paladar.