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Não é só a Borgonha que produz bons vinhos de Pinot Noir; tire a prova

Para fugir dos altíssimos preços da tradicional região, aqui está uma seleção de Pinot Noir de todo lugar: da América do Sul à Oceania

É velho dizer que Pinot Noir bom é da Borgonha. Hoje, há excelentes vinhos feitos com a cepa vindos dos quatro cantos do planeta.

Se a Borgonha oferece uma bebida complexa e longeva, outras regiões têm se mostrado promissoras e feito vinhos melhores a cada ano, uma vez que os viticultores acumulam mais experiência (não é uma cepa de cultivo fácil, com seu amadurecimento precoce e a casca fina e frágil, sujeita a doenças), usam melhores clones, e os vinhedos envelhecem. Solo (calcário) e clima (frio, mas nem tanto) são a chave.

  Foto: Amanda Lucier|NYT

As regiões que têm os melhores resultados são as de clima continental (Alemanha), de latitude baixa (Nova Zelândia e Patagônia), de altitude alta, ou ainda com influência marítima (Chile). Em relação à Borgonha, elas oferecem uma vantagem indiscutível, o custo.

No século 14, muito antes do filme Sideways, já se sabia que a Pinot Noir fazia vinhos deliciosos, macios e de acidez alta, excepcionais para essa estação (e todas as outras). São daquela época os primeiros registros sobre o nome da uva, que já a exaltavam, como se faz até hoje, mas acredita-se que sua origem é muito mais antiga, no Egito.

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Em contraste com os taninos intensos de cepas como a Cabernet Sauvignon, a Pinot Noir é aveludada, fácil de se gostar. Seu frescor faz com que seja maravilhosa para acompanhar comida e sua leveza prolonga a magia de qualquer refeição.

Quando jovens – e este é o caso da seleção a seguir –, os vinhos da Pinot Noir são frescos e frutados, com notas de morangos, cereja e framboesa. Com o tempo, ou no caso dos vinhos mais complexos, trazem notas de amora, cogumelo e até de especiarias.

Para fugir dos altíssimos preços da Borgonha, que invariavelmente começam em três dígitos – a crítica inglesa Jancis Robinson faz piada ao dizer que quem gosta dos borgonheses é masoquista – aqui está uma seleção de Pinot Noir de todo lugar: da América do Sul à Oceania.

Parte dos vinhos foi provada com os sommeliers do Fleming’s, Gabriel Raele; do Seen, Neri Bonacina; e do Maní, Felipe Barreto, no restaurante. Outros foram garimpados em lojas e eventos.

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