Este foi o ano que marcou o boom do consumo consciente de bebidas, diz uma pesquisa da gigante William Grant & Sons. O bebedor de vinho, por exemplo, não quer só um bom vinho, mas uma bebida feita a partir de uma agricultura responsável e sustentável, feita por pequenos produtores e com o mínimo de prejuízo possível ao meio ambiente.
Essa tendência engloba a busca por embalagens alternativas e ecológicas (como o crescente uso de latas da alumínio) e por níveis de álcool mais baixos, numa abordagem forte de consumo consciente.
A pesquisa aponta para uma busca incessante pelo artesanal, o que explica a alta popularidade dos vinhos naturais, que pregam o mínimo de intervenção na produção da bebida.
Com eles, cresce também o interesse por vinhos veganos, além dos já badalados orgânicos e biodinâmicos. Pode parecer meio esquisito, afinal, vinho é feito de uva, uma fruta. Mas no processo de filtragem é comum usar clara de ovo ou cola de peixe. Hoje, buscam-se alternativas para esses insumos.
No que diz respeito à embalagem, garrafas magnum também estão em alta. As bebidas mais comuns a serem engarrafadas em 1,5 litro são espumantes e tintos, e o verão é a temporada do rosé magnum.
Outra tendência é que o vinho e a cerveja pegaram carona em uma moda já antiquada dos destilados, a das bebidas híbridas. A vinícola butique inglesa Chapel Down, que também tem a cervejaria Curious Brewery, por exemplo, fermenta sua sidra e a cerveja lager com sobras das leveduras de seu Chardonnay, dando toques de uma bebida à outra.
Por fim, a moda do espumante não dá sinais de arrefecimento, para a alegria também de produtores brasileiros, que têm se firmado com bons rótulos. Todas as subcategorias têm atraído os copos de enófilos, mas especialmente o prosecco, o campeão dos campeões.