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Histórias e experiências sobre o café

Um café para dividir

Um café para dividir

Cheiro de café no cangote

Durante a torra do café podem ser encontrados mais de 3 mil substâncias aromáticas

O cafeeiro é planta prima meio distante da gardênia, uma vez que fazem parte da mesma família, a das Rubiáceas. O perfume da flor da gardênia é intenso e exuberante, com notas que combinam jasmim e leve rosas, substâncias também presentes na flor do cafeeiro.

Flor do café, arabica. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

A florada dos cafezais, quando cobrem os campos de branco sobre o verde escuro das folhas, lembra paisagens de regiões que nevam, porém o que predomina é o aroma adocicadamente intenso, que faz as abelhas zunirem numa dança febril.

No processo de torra, substâncias aromáticas são formadas nas inúmeras reações químicas, algumas sutis e elegantes, na fase inicial, enquanto outras, de notas de especiarias e até típicas do café surgem ao final, quando é necessária maior quantidade de energia. Quanto mais próximo do ponto de finalização da torra, maior é o predomínio de reações químicas que formam substâncias oxidadas, como as gorduras saturadas, semelhante às presentes na capa de uma picanha, e outras com estruturas que conferem cheiros típicos de "defumação por café", comum entre as pessoas que ficam horas a fio torrando...

Avaliação olfativa do café. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

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Com base nessa diversidade de aromas que o café pode oferecer, além de texturas esfoliantes de sua semente com baixo teor de gorduras (menos que 17%), algumas empresas de cosméticos apostaram no grão e flores para produção de perfumes.

Das grandes marcas brasileiras, a curitibana O Boticário mantém a linha Coffee, sendo o carro chefe a colônia composta com notas aromáticas de café arábica e diversas combinações como o moderno âmbar, entre outros. Complementa a linha loções contendo cafeína como um dos ingredientes mágicos e termogênicos.

A francesa L'Occitane, que tem a marca L'Occitane au Bresil, produtos com ingredientes tipicamente brasileiros, tem uma linha onde o café é o ingrediente protagonista, tanto o Café Verde como o Café Espresso, indicando, respectivamente, frescor e notas tostadas. Fazem parte da linha shampoos e loções para barbear.

A história da mineira Kapeh é muito interessante, pois tem início dentro de uma família de cafeicultores de Três Pontas, MG, no momento que Vanessa Vilela, bioquímica e que havia trabalhado por anos na indústria farmacêutica, percebeu o potencial que o café tinha na cosmetologia.

Colonia de Café e chocolate. Foto: Divulgação, Kapeh

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Em 2007, fundou a Kapeh, palavra de origem maia e que significa café. Curiosamente, naquele momento a maior certificadora de produtos agrícolas tinha o nome Utz Kapeh, que pode ser traduzido por "bom café", e que, por meio de acordo, autorizou o uso do nome Kapeh para a linha de cosméticos de Vanessa. Anos mais tarde, a certificadora européia alterou seu nome, mantendo apenas o nome Utz, de modo que a empresa de cosméticos passou a deter com exclusividade o nome Kapeh.

Sua linha de produtos, com mais de 170 itens, compreende o emprego de flores, grãos verdes, de óleos e extratos do café e de grãos torrados.

Dessa forma, você pode ter o aroma de café de todas as suas fases, da florada ao torrado, acompanhando o seu dia a dia, estimulando as melhores sensações por onde passar...

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