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Histórias e experiências sobre o café

Um café para dividir

Um café para dividir

O melhor café produzido no Brasil em 2023

Competição com juízes internacionais aponta o melhor café brasileiro de 2023.

O café é a segunda mercadoria ou commodity mais comercializada no mundo, atrás somente do petróleo. Sua bebida, também, é a segunda mais consumida, fazendo fila com a água, que, coincidentemente, representa mais de 97% da sua composição.

Avaliação de café. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

De tempos em tempos, os preços de comercialização sofrem altos e baixos em razão da oferta e demanda, esta considerada inelástica ou pouco flexível mesmo em constante crescimento. O ano era 1.999, quando o mercado de café experimentava uma grande valorização, experimentando vertiginoso despencar de preços no ano seguinte.

No ano de 1998, a então jovem Associação Brasileira de Cafés Especiais, conhecida pela sigla em inglês BSCA - Brasil Specialty Coffee Association, formada por um pequeno grupo de grandes produtores de café que faziam exportação direta, juntamente com a OIC - Organização Internacional do Café e a SCAA - Specialty Coffee Association of America, hoje SCA - Specialty Coffee Association realizaram de forma experimental um novo modelo de valorização de cafés e sua comercialização. A proposta era a de organizar um concurso de qualidade, que até aquele momento o único existente era o da torrefação italiana illycaffè, voltada para seus fornecedores. O diferencial proposto foi o de realizar a comercialização dos melhores lotes via leilão onde torrefações de diferentes países pudessem participar.

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Em 2000 foi lançada oficialmente a primeira edição do Cup of Excellence - CoE, no Brasil, sendo o primeiro país a promover esse concurso, que contou com diversos convidados estrangeiros para a seleção dos lotes de café finalistas, mostrando que o caminho era certeiro. O certame hoje é propriedade e coordenação da ACE - Alliance for Coffee Excellence, sendo realizado em mais de 15 países produtores de café.

Frutos maduros do cafeeiro. Foto: Ensei Neto/Arquivo pessoal

Ontem foi encerrada a competição 2023 do Brasil, realizada na cidade de Três Pontas, MG, e que neste ano teve 3 categorias de pós colheita: Via Seca, Via Úmida e Experimental.

Via Seca significa Natural, enquanto Via Úmida contempla os processos de Cereja Descascada e, eventualmente, Lavado (despolpa em tanque). A categoria Experimental é reservada aos lotes que tiveram processos fermentativos induzidos.

Estes foram os vencedores de cada categoria:

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Via Seca:Fazenda Rainha, do grupo Fazenda Sertãozinho, de São Sebastião da Grama, SP.

Via Úmida: Fazenda Rio Verde, da Ipanema Agrícola, de Conceição do Rio Verde, MG.

Experimental: Fazenda Rio Verde, da Ipanema Agrícola, de Conceição do Rio Verde, MG.

É muito interessante observar que entre os 10 primeiros classificados de cada categoria há predominância de grandes produtores, o que denota a alta profissionalização dos competidores. Outro aspecto muito importante a se destacar é o efeito promocional de percepção de qualidade que o concurso transmite ao mercado.

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Agora é momento de aguardar a realização do leilão internacional, que deve acontecer no dia 06 de dezembro deste ano.

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