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Mercado Livre, Amazon e Shopee lideram ranking brasileiro de tráfego nos marketplaces

Classificação dos 30 maiores sites de vendas de produtos de lojas on-line foi elaborada pela Similarweb; dados se referem a abril deste ano

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Foto do author Flamínio Fantini
Atualização:

As marcas Mercado Livre, Amazon e Shopee ocupam os três primeiros lugares no ranking brasileiro de tráfego dos marketplaces na internet, de acordo com informações da empresa Similarweb, uma das principais referências mundiais em inteligência de dados e competitividade digital. Marketplace é o nome dado ao site que vende mercadorias e serviços de milhares de lojas virtuais, como se fosse um shopping center on-line.

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A classificação se refere ao mês de abril de 2024 e considera o volume total de tráfego tanto em dispositivos móveis quanto em equipamentos desktop. A liderança fica com o Mercado Livre, que recebe 247,9 milhões de visitas mensais, o que corresponde a 29,59% do total.

Em segundo lugar, a Amazon totaliza 172,2 milhões, com 20,54% de participação. A Shopee vem em terceiro e contabiliza 93,7 milhões, correspondentes a uma fatia de 11,19%. Cada visita considera uma única sessão do usuário, período delimitado quando ele entra e sai do site, e pode incluir visualizações de várias páginas, pesquisa de preços, realização de compras e outras interações.

“De uma maneira geral, os líderes continuam crescendo, conseguindo avançar no mercado e com uma projeção muito boa para este ano”, avalia a pesquisadora Vicky Almeida, que tem graduação e mestrado pela Universidade de Campinas (Unicamp). Ela ocupa a função de Insights Leader Latam da Similarweb e preparou o ranking com exclusividade para o Blog do E-Commerce, do Estadão.

No segundo pelotão da lista, estão Magazine Luiza, ou Magalu, em quarto lugar (89,9 milhões de visitas e 10,73% de participação); AliExpress, em quinto (47,6 milhões e 5,67% ); Casas Bahia, em sexto (39,1 milhões e 4,67% ); Americanas, em sétimo (21,9 milhões e 2,61%) e Carrefour, em nono (14,2 milhões e 1,70%).

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As marcas Mercado Livre e Amazon aparecem também na oitava e décima colocação, respectivamente, em virtude dos seus sites internacionais. Metodologicamente, a Similarweb não soma as diferentes entradas, pois os acessos são distintos. O endereço amazon.com.br, por exemplo, considera o site no Brasil, enquanto amazon.com se refere ao portal nos Estados Unidos a partir do nosso país.

Atualmente, há uma grande atenção para as lojas asiáticas, que ficaram no centro da controvérsia da chamada “taxa das blusinhas”, aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado. Dentre elas, a Shopee aparece bem colocada. Para isso, uma de suas estratégias se dá nos “spike days”, períodos promocionais em datas duplicadas do calendário tipo 2.2 (dois de fevereiro) e 10.10 (dez de outubro). Também desperta curiosidade a chegada da chinesa Temu, lançada há pouco no Brasil.

Embora com desempenho muito expressivo, a Shein não faz parte deste ranking, pois, segundo a Similarweb, “não está categorizada como um marketplace em nossa base de dados”, mas como integrante do setor da moda, tanto pela demanda quanto pela oferta de mercadorias. Para efeito apenas de comparação hipotética, vale citar que a Shein teve 24,9 milhões de visitas em abril, o que a colocaria em sétimo lugar, logo atrás de Casas Bahia e pouco à frente da Americanas.

A pesquisadora Vicky Almeida, da Similarweb: inteligência competitiva ajuda a aumentar as vendas dos lojistas nos markeplaces Foto: Divulgação/Similarweb

A Similarweb mapeia 210 setores, como moda, supermercado, farmácia ou marketplace. No jargão corporativo, costuma-se usar inadequadamente o termo “indústria” como sinônimo de setor, traduzido literalmente do inglês.

Em cada um deles, são monitorados os 100 sites com maior performance em termos de volume de tráfego, tanto em desktop quanto em mobile. A classificação de um site numa determinada categoria se faz por algoritmo e pode ter alteração ao longo do tempo. Há também procedimentos para revisão dos resultados, como a 12ª posição, atribuída ao endereço do Magazine Você, onde se encontra uma página do Magalu sobre influenciadores digitais.

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Fundada em 2013, a empresa conta com escritórios nos Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Chile, República Tcheca, França, Alemanha, Japão e Cingapura, além no Brasil, com total de 4.300 clientes globalmente. Em nosso país, estão cerca de 30 funcionários. Além de planos de acesso pagos e gratuitos, encontram-se disponíveis serviços de consultoria especializada.

“Somos a medida oficial do mundo digital”, apresenta-se a companhia, com objetivo de “oferecer a visão mais confiável, abrangente e detalhada do mundo digital, para que nossos clientes possam superar a concorrência e conquistar seus mercados”.

Os 30 maiores marketplaces no Brasil por tráfego na internet

Participação no tráfego total e visitas mensais, de acordo com a Similarweb, conforme dados coletados em 29/05/2024 e referentes a abril deste ano

1º - Mercado Livre: 29,59% (247,9 milhões)

2º - Amazon: 20,54% (172,2 milhões)

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3º - Shopee: 11,19% (93,7 milhões)

4º - Magazine Luiza: 10,73% (89,9 milhões)

5º - AliExpress: 5,67% (47,6 milhões)

6º - Casas Bahia: 4,67% (39,1 milhões)

7º - Americanas: 2,61% (21,9 milhões)

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8º - Mercado Livre (.com): 2,51% (21,1 milhões)

9º - Carrefour: 1,70% (14,2 milhões)

10º - Amazon (.com): 1,65% (13,8 milhões)

11º - Elo7: 1,36% (11,4 milhões)

12º - Magazine Você: 1,21% (10,1 milhões)

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13º - Ponto Frio: 0,82% (6,9 milhões)

14º - Ebay: 0,72% (6,0 milhões)

15º - Havan: 0,43% (3,6 milhões)

16º - Gazin: 0,32% (2,6 milhões)

17º - Extra: 0,29% (2,4 milhões)

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18º - Fastshop: 0,28% (2,3 milhões)

19º - Shoptime: 0,23% (1,9 milhão)

20º - Casa e Vídeo: 0,22% (1,8 milhão)

21º - Submarino: 0,18% (1,5 milhão)

22º - Alibaba: 0,16% (1,3 milhão)

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23º - Etsy: 0,15% (1,3 milhão)

24º - Colombo: 0,11% (0,9 milhão)

25º - Girafa: 0,09% (0,8 milhão)

26º - Walmart: 0,07% (0,6 milhão)

27º - Banggood: 0,06% (0,5 milhão)

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28º - Efácil: 0,04% (0,4 milhão)

29º - Temu: 0,04% (0,4 milhão)

30º - Made-in-China: 0,04% (0,3 milhão)

Como usar a inteligência competitiva para aumentar vendas

Confira cinco maneiras de atuação pelas quais a inteligência competitiva pode ajudar a aumentar as vendas do seu e-commerce, elaboradas com base na entrevista da pesquisadora Vicky Almeida, Insights Leader Latam da Similarweb, concedida por videoconferência.

Tendências do mercado – A inteligência competitiva ajuda a entender quais as tendências de crescimento e de queda no mercado e, portanto, em quais marketplaces o seu e-commerce deve fazer um esforço maior para aumentar os resultados do varejo on-line.

Produtos que mais vendem – É possível saber quais são as categorias de produtos que estão sendo mais acessadas em cada um dos marketplaces. Um vendedor de múltiplas categorias, por exemplo, consegue identificar o caminho mais adequado para ele. Há marketplaces que vendem mais itens de vestuário, outros mais utensílios de casa. Esse conhecimento auxilia no planejamento estratégico tanto de vendas quanto de posicionamento da marca.

Monitoramento da concorrência – O ambiente de marketplaces é muito ágil e muda muito. Com a inteligência de mercado, o “seller” (lojista) consegue informações sobre o volume de tráfego, de visitas e de engajamento dos players e sites. Pode identificar os principais competidores, os sites que recebem maior volume de tráfego e aqueles que estão roubando uma parte do “share” da sua audiência. Isso permite uma análise tanto mais ampla quanto específica da realidade.

Descoberta de oportunidades – É importante captar os novos rumos do e-commerce. Na atualidade, por exemplo, muitos players estão crescendo na área de serviços. Assim, uma indicação para o “seller” pode ser incorporada ao seu portfólio serviços de streaming, entrega agendada, entrega rápida ou assinatura. Com serviços de assinatura como Amazon Prime e Meli+, o consumidor obtém benefícios da marca. Isso ajuda na fidelização do cliente e traz altas taxas de engajamento.

Mais diversificação – Novas categorias estão entrando nos marketplaces, como os carros. O comprador consegue ver mais opções em um só lugar, sem precisar migrar de site para site. Nas farmácias, há uma revolução, pois, além de medicamentos, passaram a oferecer teleconsultas, agendar exame em casa e produtos de supermercado.

Entenda 4 métricas na medição do tráfego na internet

A seguir, a definição de quatro dos indicadores mais frequentes quando se analisa o tráfego de um site, resumidos de um glossário preparado pela Similarweb e a Snaq, uma plataforma de conteúdo sobre inovação, startups e tecnologia.

Sessões mensais – Refere-se ao número de visitas realizadas a um site em um determinado mês. Oferece informações sobre o volume total de tráfego, abrangendo tanto dispositivos desktop quanto móveis. Uma única sessão pode incluir várias visualizações de página, eventos, interações sociais e transações de comércio eletrônico.

Visualizações de páginas – Diz respeito ao número total de páginas vistas em determinado intervalo de tempo, incluindo as repetidas. Não se refere a quantos visitantes passaram pelo site, mas, sim, a quantas vezes as páginas foram vistas.

Taxa de rejeição – Em inglês “bounce rate”, é um dos indicadores mais relevantes quando se trata de engajamento. Calcula a porcentagem de visitantes que acessam e saem sem explorar outras páginas ou interagir com o conteúdo, realizando apenas uma visualização. Ou seja, quanto maior a taxa de rejeição, menor é o engajamento dos visitantes.

Tempo de sessão – Representa a duração que um usuário permanece ativo em um site ou aplicativo, interagindo com as páginas e eventos. É calculado como o período transcorrido entre a primeira e a última página visualizada. Após 30 minutos de inatividade, o tempo também é encerrado.

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