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Opinião | Com novo aporte de R$ 10 milhões, Central da Visão amplia acesso a cirurgias

Com mais de 50 clínicas afiliadas e 200 cirurgiões oftalmologistas, a healthtech opera em 14 Estados; em 2023, transacionou R$ 27 milhões em cirurgias, gerando receita de R$ 5,5 milhões

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Por Maure Pessanha

No final de 2024, a Central da Visão – negócio de impacto social positivo que conecta hospitais oftalmológicos a pessoas que precisam fazer cirurgias de visão, incluindo a de catarata – levantou uma rodada de investimentos Série A, liderada pela HT3 Investimentos, no valor de R$ 10 milhões. De acordo com Marta Luconi, CEO da empresa, a ideia é usar o aporte para atingir a marca de 100 mil cirurgias em cinco anos. Desde a fundação, a empresa – healthtech líder no Brasil – já beneficiou 20 mil pessoas.

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Fundada há oito anos por Guilherme de Almeida Prado, Marta Luconi e Ronaldo Abati, com o nome Central da Catarata, o negócio torna cirurgias oftalmológicas acessíveis a uma parcela da população que não conta com planos de saúde ou recursos financeiros para arcar com custos convencionais de redes particulares de saúde. Esse paciente também não pode esperar pelo atendimento no serviço público, dada a demora que compromete a renda individual e familiar do paciente.

Para se ter uma ideia do impacto, entre os que fizeram cirurgia de catarata com a Central da Visão, muitos pacientes afirmam ter tido impacto na renda familiar. Em pesquisa interna, os resultados apontam que quando o respondente é autônomo, essa porcentagem sobe para 63%. O mesmo ocorre com empreendedores: 57%.

Ronaldo Abati (à esq.), Marta Luconi e Guilherme de Almeida Prado, fundadores da Central da Visão. Foto: Central/Divulgação

“Embora o país tenha o privilégio e o benefício de contar com um programa de saúde universal e público como o SUS, a demanda por cirurgias oftalmológicas de catarata, por exemplo, é muito maior do que a oferta. Nesse contexto, o negócio se estabelece como uma solução que democratiza o atendimento para que a pessoa possa enxergar bem”, afirma Marta, acrescentando que em 2023 a empresa gerou R$ 100 milhões de impacto na base da pirâmide.

Com mais de 50 clínicas afiliadas e 200 cirurgiões oftalmologistas parceiros, além de corpo técnico, a healthtech atua em 14 Estados do Brasil e possui mais de 50 funcionários. Segundo Marta, em 2023, a Central da Visão transacionou R$ 27 milhões em cirurgias, gerando receita de R$ 5,5 milhões.

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Esse é o resultado de um modelo inovador, que oferece atendimento com preços mais acessíveis e informações transparentes para o paciente. “As cirurgias são realizadas em clínicas de qualidade, que usam horários ociosos dos centros cirúrgicos. Ou seja, é uma solução que democratiza o acesso sem abrir mão da qualidade. Além disso, temos um índice de aprovação de 90%”, afirma a CEO. Marta aponta, ainda, que a empresa possui uma tecnologia proprietária de jornada digital de saúde e consultores de saúde para apoiar e orientar os pacientes.

Opinião por Maure Pessanha

Coempreendedora e presidente do Conselho da Artemisia, organização pioneira no Brasil no fomento e na disseminação de negócios de impacto social e ambiental.

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