Criar cidades inclusivas, sustentáveis e justas está no centro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável #11. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), até 2050, as cidades devem abrigar 70% da população mundial e, com esse panorama, é fundamental investir em iniciativas que olhem para as múltiplas demandas da população em situação de vulnerabilidade social e econômica – que habita as áreas urbanas – com planos sólidos de desenvolvimento que abarcam as dimensões do bem-estar como saúde, educação, empregabilidade, habitação, entre outros.
Quando pensamos em negócios de impacto social e ambiental, cruzando com o ODS #11, vemos que há muitas possibilidades de intervenção para melhorar a qualidade de vida dos habitantes das cidades. Extremamente relevante, o empreendedorismo social se ocupa de diferentes facetas dessa demanda por tornar cidades mais sustentáveis e justas.
Mas há um outro ator social responsável por construir um ambiente propício para que iniciativas possam amplificar o impacto positivo. E, dentro desta ótica, um dos destaques tem sido o Instituto Jatobás – que criou um ecossistema de inovação e impacto, atuando como um catalisador e auxiliando pessoas e negócios a reconhecerem a própria potência e a desenvolverem as condições necessárias para transformar suas vidas e os territórios nos quais residem.
Ampliar a consciência individual para construir um mundo conectado, próspero e sustentável está no cerne da atuação do instituto, que é plenamente alinhada ao ODS #11. O Jatobás atua de forma estratégica na sociedade, na cultura e no mercado, buscando soluções para os desafios sociais e ambientais centrais da atualidade.
Para citar um exemplo do impacto positivo do Instituto Jatobás, trago duas articulações conduzidas em São Paulo: capital e interior. Uma delas acontece na zona sul, região da Água Espraiada, onde vivem mais de 8 mil famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica.
Antônia Canto, gestora de Comunicação Institucional, conta que a organização possui um galpão de criatividade, inovação e empreendedorismo no território, no qual oferece uma agenda gratuita de atividades, atrações, oficinas e formações técnicas no campo da Economia Criativa para as comunidades.
“O galpão se tornou um ponto de encontros e inspiração para a população local, sobretudo, para famílias, jovens, empreendedores, lideranças locais e organizações comunitárias. Nesse espaço, materializamos três eixos de atuação: desenvolvimento de potências (biblioteca comunitária, equipamento de valorização da cultura periférica e ampliação de repertório e jornada de desenvolvimento de potências); inclusão produtiva (formações técnica e profissionalização); e Inovação Social (laboratórios para desenvolvimento humano e técnico, coworking para empresas de impacto social e ponto de atendimento do Sebrae”, detalha Antônia.
Na cidade de Pardinho (SP) e outras da Cuesta Paulista, em uma região turística rica em biodiversidade e com potencial para desenvolvimento de negócios e oportunidades ligadas à vocação econômica local, o Jatobás é responsável por administrar o Centro Max Feffer de cultura, inovação e sustentabilidade. Lá, também, oferecem uma série de atividades gratuitas, oficinas e cursos.
A articulação do Instituto Jatobás, via criação de uma rede de impacto e apoio a empreendedores locais (empreendedorismo de subsistência como uma alternativa à falta de empregos formais) – vindos de áreas mais vulneráveis e de periferias, no caso da capital de São Paulo – soma, potencializa e concretiza uma atuação em prol da construção de cidades mais inclusivas e justas.