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Opinião | Millennials e geração Z impulsionam crescimento da nova economia no mundo

Startup criada pelo Grupo de Gestão de Mudanças e Inovação da USP oferece inteligência de dados para apoiar a tomada de decisões estratégicas das empresas

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Por Maure Pessanha
Atualização:

Como resposta às novas demandas emergentes - desafios socioambientais, mudanças de hábitos de consumo, de investimento, de trabalho, tecnologias inovadoras e modelos de gestão -, a nova economia tem se fortalecido. Na prática, um número maior de empresas passou a entender que, para garantir a sobrevivência, longevidade e sustentabilidade do negócio, precisa evoluir para responder às exigências de integração interna e adaptação externa.

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Não por acaso, as pautas ESG (sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança) têm avançado no Brasil e no mundo, mostrando a importância de difundir uma nova lógica de mercado pontuada por uma cultura centrada nos humanos.

E para potencializar essa expansão, precisamos aprofundar ainda mais esse debate! Na minha leitura, a produção e a análise de dados consistentes sobre o impacto da nova economia são essenciais. Um dos expoentes do tema no Brasil, Pedro Paro, CEO e fundador da Humanizadas, defende que a análise dos dados dos múltiplos stakeholders (todas as partes interessadas no sucesso do negócio) das organizações comprova a existência de pontos de inflexão que exercem pressão nas organizações em prol da nova economia.

De acordo com a análise do pesquisador de doutorado do Grupo de Gestão de Mudanças da Universidade de São Paulo (USP), temos que levar em consideração, nesse contexto, a relevância dos millennials e da geração Z, que têm provocado mudanças na maneira como as empresas inovam e na forma como respondem às demandas na experiência dos clientes e dos colaboradores. 

Pedro Paro é CEO e fundador da Humanizadas, startup especializada em desenvolvimento de algoritmos avançados e tecnologias voltadas à tomada de decisões conscientes e orientadas pelos stakeholders. Foto: Humanizadas

Quando olhamos para os investimentos, Paro ressalta a busca emergente por modelos orientados ao impacto ESG. Essas alterações no comportamento, envolvendo diferentes públicos, revelam uma mudança de hábitos econômicos e, consequentemente, em nossa sociedade.

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Para algumas empresas, essas mudanças representam grandes riscos ao negócio e, para outras, representam uma série de oportunidades de crescimento. O que vai fazer a diferença é justamente o estágio de maturidade da liderança e da gestão de cada organização. E é justamente esse o diagnóstico trazido pela Humanizadas, uma empresa de inteligência de dados que movem a nova economia.

O negócio é uma spin-off do Grupo de Gestão de Mudanças e Inovação da Universidade de São Paulo (EESC/USP), fundado em 2020 por Pedro Paro, um especialista em gestão de stakeholders, estratégia e cultura. A startup desenvolve algoritmos avançados e tecnologias para que as decisões de gestão, trabalho, compra e investimento sejam mais conscientes e orientadas aos stakeholders: lideranças, colaboradores, clientes, parceiros, investidores e sociedade.

Hoje, o principal produto da Humanizadas é o Conscious Business Assessment (CBA®), que mede a qualidade das relações das organizações sob a perspectiva de diferentes públicos. O negócio possui cinco frentes de atuação: pesquisa Melhores para o Brasil; certificação organizacional; relatórios de dados; mentoria de plano de ação; e treinamento e desenvolvimento.

Com profissionais que atuam com um modelo de autogestão ágil, a startup monitora mais de 10 mil organizações em países como Brasil, Estados Unidos, México e Espanha. Em 2021, o time avaliou 300 organizações em operação no País, ouvindo 86 mil stakeholders. Muitos negócios de impacto social, inclusive, participam da pesquisa.  

Por último, vale destacar que o trabalho da Humanizadas tem relação com os estudos conduzidos nos Estados Unidos por Raj Sisodia, professor da Babson College, responsável pela pesquisa que deu origem ao movimento global Capitalismo Consciente.

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* Maure Pessanha é empreendedora e presidente do Conselho da Artemisia, organização pioneira no fomento e na disseminação de negócios de impacto social no Brasil.

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Opinião por Maure Pessanha
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