Centro de inovação da USP acompanha evolução de startups de saúde

Cietec, que faz a gestão da Incubadora USP/IPEN, viu desligamento de 41 empresas no começo da pandemia, mas logo espaço de inovação teve a admissão de 39 startups focadas em saúde

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Por Bianca Zanatta
Atualização:

Diretor executivo do Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), entidade gestora da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica USP/IPEN, Sergio Risola não desgrudou da cadeira em momento algum ao longo da pandemia.

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“O Cietec passou um pente fino já de cara, inclusive para ver que empresas estavam engajadas em inovação e produtos de saúde, por exemplo”, ele conta. Eles viram que, das 100 que tinham, pelo menos 25 precisariam estar lá fisicamente. “Fora os 3 ou 4 dias em que tudo parou, nunca fechamos”, afirma. 

Risola fala que no começo da crise houve o desligamento de 41 empresas, mas logo em seguida teve a admissão de 39 novas startups, com uma concentração de empresas do segmento de health. Até dezembro de 2020, quase 80% da incubadora estava funcionando, com 65% das startups trabalhando todos os dias, seguindo os protocolos de segurança. 

“Algumas coisas foram para o digital, como as mentorias e os cursos do Sebrae, mas a inovação não parou em momento algum”, relata o executivo. “E tem coisas gigantescas acontecendo, como o All4Food, que começamos em junho do ano passado”, prossegue. “Nunca vi empresas de um mesmo segmento se juntando para fazer um lance desses.” 

Ele explica que a USP deu o primeiro passo, seguida por outras universidades, para colocar o programa em pé. Executivos da Givaudan, Cargill, Nestlé, Mondelez e Danone estão realizando encontros online a cada 15 dias para preparar o projeto e fazer a seleção de startups no final de maio. A ideia é atrair aquelas que se enquadrem na economia circular, desenvolvendo ingredientes e embalagens inteligentes e sustentáveis. As escolhidas poderão dividir-se entre as empresas apoiadoras e um espaço no Cietec.

Para diretor executivo do Cietec, Sergio Risola, há quem procure o centro justamente pelo que 'acontece nos corredores'. Foto: Acervo Pessoal

Entre as inovações que brotaram por lá por conta do novo cenário, ele cita não só as ligadas à saúde, com suas dezenas de variantes, e as que estão desenvolvendo testes de covid-19 cada vez mais rápidos, como outras ligadas à higienização de ambientes, nebulização de ozônio e limpeza de superfícies.

“A Omni-electronica, por exemplo, encheu o Hospital das Clínicas, o Einstein e agora o aeroporto de Cumbica de sensores para identificar o vírus andando pelos corredores, medir o fluxo dos ambientes e fazer um relatório detectando onde há infecção. É coisa de louco.”

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Sobre a importância da serendipidade para o hub, ele diz que as pessoas procuram o Cietec por quatro motivos. Uma parte porque quer se aproximar do conhecimento, outra porque não entende nada de gestão, uma terceira porque quer estar perto dos investidores e fomentos públicos. “E tem quem vem justamente pelo que acontece nos corredores e na hora do cafezinho, uma coisa que não tem preço.”

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