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Consultoria para MEI: saiba a importância e quando procurar uma

Especialistas orientam que o ideal é buscar aconselhamento antes de iniciar o negócio, mas com a operação em curso há momentos críticos que também demandam orientação

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Foto do author Ludimila Honorato
Atualização:

Transformar uma ideia ou hobby em negócio demanda planejamento e, dependendo da área de atuação, cuidados específicos com biossegurança, por exemplo. O Estadão PME já listou seis passos importantes para quem vai começar a empreender do zero, mas o microempreendedor individual (MEI), que muitas vezes conta com equipe reduzida ou tem de pensar em tudo sozinho,pode ter desafios maiores. Nesse caso, vale a pena investir em consultorias - e há opções gratuitas.

O consultor pode ser especializado em diferentes áreas, como gestão, finanças, marketing e estratégia. De acordo com a demanda do empreendedor e da empresa, ele vai fazer um diagnóstico das necessidades e propor ações para melhorias. O especialista pode, ainda, ajudar no plano de negócio, um documento detalhado sobre o empreendimento para guiá-lo no mercado.

Procurar uma consultoria antes de abrir o negócio pode ajudar o MEI a ser mais assertivo para não perder tempo nem dinheiro. Foto: Sam Kalda/The New York Times

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Entre os motivos para buscar essa ajuda estão: falta de conhecimento em determinada área, dificuldades para gerenciar o negócio, necessidade de ampliar a oferta ou captar mais clientes. Ao investir em uma consultoria, seja com tempo ou também com dinheiro, o MEI terá vantagens como ser mais assertivo, definir prioridades e ter ferramentas adequadas para atingir os objetivos. O resultado é uma empresa mais saudável.

Ainda que seja possível se capacitar em diferentes áreas por meio de cursos online para gerir o negócio, outra vantagem de acionar um especialista é ter uma visão neutra e diversa do seu empreendimento. "O consultor não tem o poder de resolver facilmente os problemas, mas não estando no meio da operação, ele contribui com sugestões", explica Adriano Campos, consultor de negócios do Sebrae-SP.

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A vantagem, segundo ele, de analisar o cenário de fora é estar atento a pontos essenciais que talvez o empreendedor não veja, ajudando-o a refletir. Além disso, existe a experiência de quem já instruiu outras empresas. "A operação cega a visão estratégica do empreendedor, principalmente o pequeno."

A consultora Heide Vieira completa que o brasileiro não foi ensinado a empreender, então, por mais que conheça a técnica do que faz - seja um cabeleireiro, doceira -, tem dificuldade em ser um bom gestor do negócio."O papel da consultoria é ajudar a conduzir da forma mais simples, transformar essa expertise não só em ação prática, mas olhar para o todo", diz a especialista, criadora da Evolvers Consultoria. A empresa é focada em atender empreendedores individuais, profissionais liberais, pequenas e médias empresas.

Quando o MEI deve procurar uma consultoria?

No mundo ideal, qualquer pessoa que tenha o desejo de empreender deveria buscar um aconselhamento especializado antes de dar o primeiro passo. Mas é compreensível que, de início, o empreendedor queira seguir sozinho, no feeling, por falta de recursos para investir na consultoria.

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Heide identifica dois perfis que buscam o serviço: a pessoa que vai pela necessidade, porque tem contas a pagar e quer empreender, e aquela que já tem respaldo financeiro e consegue pensar no preventivo da empresa.

"O ideal é que faça o preventivo, saiba o canal de venda, a pessoa que quer atingir, que tipo de equipamento precisa, para não perder tempo nem dinheiro", diz a consultora. Ela resume que os "perrengues" da empresa não são motivo para desistir e que o consultor é quem encurta os caminhos e dá a mão ao empreendedor nesse trajeto.

Depois que o negócio já está em operação, há momentos críticos em que uma ajuda externa é necessária, quando o empreendedor tem dúvidas sobre o que fazer, não consegue dar um passo adiante ou tem resultados negativos.

"Pode ser para organizar a linha de operação, montar um espaço, comprar equipamentos adequados, lançar um novo produto, reposicionar a marca. Esse tipo de coisa não é a experiência dele e é natural que o empreendedor não tenha conhecimento de digital para implantar uma loja virtual, por exemplo", diz Campos.

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