Empreendedoras no Corre discute protagonismo feminino nos negócios

Evento realizado pelo Estadão reuniu mulheres que fazem a diferença no empreendedorismo

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Por Estadão Blue Studio
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Empreendedoras no Corre discutiu a liderança feminina Crédito: Marcelo Chello/Estadão Foto: Marcelo Chello/Estadão

Mulheres de diversas realidades compartilharam conquistas e desafios de liderar o próprio negócio nessa quinta-feira, 23, durante o Empreendedoras no Corre, evento realizado pelo Estadão com patrocínio do Grupo Boticário e de Dorflex. Os debates foram mediados pela jornalista Glória Vanique no Instituto Tomie Ohtake, zona oeste de São Paulo.

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Levantamento do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] mostra que o Brasil atingiu a marca de 10,3 milhões de mulheres liderando negócios, 34% do total. Este evento nasce para dar visibilidade a incrível jornada dessas empreendedoras;, disse a apresentadora.

As primeiras a dividirem experiências foram a indígena do Xingu e liderança da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) Watatakalu Yawalapiti; a cozinheira, proprietária do Cuscuz da Irina e ex-Masterchef, Irina Cordeiro; e a DJ e criadora da feira Pop Plus, voltada ao público plus size, Flávia Durante. O trio conversou sobre as dificuldades de começar do zero.

“A gastronomia é um dos setores mais difíceis de gerenciar. Precisamos observar vários braços, como selos e parâmetros sanitários. A gente aprende 360º da gestão. Por muito tempo, achei que não fosse capaz. Porque algo que permeia o empreendedorismo feminino é a descredibilização do que agente faz. Precisei provar muito mais”, contou Irina.


Mulheres trocaram experiências e participaram de dinâmicas Crédito: Marcelo Chello/Estadão Foto: Marcelo Chello

Watatakalu Yawalapiti destacou a força do engajamento social nos negócios indígenas. “Estou sempre fazendo ativismo ao levar minha arte a todo lugar para mostrar a cultura do Xingu. Muita gente acha que são objetos caros, mas caro é o ouro, por exemplo, que tem o sangue de muitas vidas em sua exploração.”

Após a discussão, Camila Casagrande apresentou a ONG Incanto, que usa a arte para transformar a vida de jovens em situação de vulnerabilidade em Curitiba, no Paraná. “Não existe mais empreendedorismo sem ser social. Olhem para seu negócio e pensem no impacto que ele traz para o mundo e seu legado.”

Capacitação de empreendedoras

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Troca de experiências contou com dicas para quem está começando Crédito: Marcelo Chello/Estadão Foto: Marcelo Chello

A segunda trilha de debates abriu espaço para a capacitação, com a presença de Maria Gal, atriz, apresentadora e fundadora da produtora de audiovisual voltada ao público negro Move Maria; Fran Winandy, consultora e escritora sobre diversidade etária; Maitê Schneider, cofundadora da Integra Diversidade e da TransEmpregos; e Fabiana Freitas, vice-presidente de Assuntos Corporativos do Grupo Boticário.

“É de extrema importância buscar capacitação e agregar profissionais que possam contribuir com seu negócio. E um conselho: sonhem alto, sem pudor de falar sobre ambição”, afirmou Maria Gal.

Fabiana Freitas compartilhou as experiências do Grupo Boticário com a formação de profissionais. “Nós temos 60% das franquias tocadas por mulheres, uma força muito destacada. Entendemos nosso papel social e queríamos chegar nas vendedoras em vulnerabilidade. Então, criamos o [projeto] Empreendedores da Beleza, com cursos online sobre cabelo,maquiagem e unha. Já alcançamos 200 mil inscritas.”

Para Maitê Schneider, o empreendedorismo tem ajudado pessoas trans.“Empreender é opção para elas, porque não há oportunidades no corporativismo. E, mesmo na hora de investir em seu próprio negócio, demoram para acreditar que são capazes.”

A apresentação de Carmenza Alarcon, general manager consumer healthcare na Sanofi Brasil, fez em seguida uma apresentação com pontos importantes para o sucesso profissional, com questões como confiança e comunicação. “Como líder, quero assegurar que outras mulheres também possam seguir se desenvolvendo. Que companhias maravilhosas como a Sanofi e Dorflex continuem apoiando o empreendedorismo no Brasil e façam parte dessa jornada”, destacou.

A terceira e última trilha tratou de gestão, com a participação de Emily Ewell, CEO e cofundadora da Pantys; Regina Tchelly, cozinheira e empreendedora do projeto Favela Orgânica; e Lela Brandão, criadora de conteúdo e fundadora da loja de roupas Lela Brandão CO.

Carmenza Alarcon, general manager consumer healthcare na Sanofi Brasil, apresentou pontos importantes para o sucesso profissional Crédito: Marcelo Chello/Estadão Foto: Marcelo Chello

Para a CEO da Pantys, primeira marca de calcinhas absorventes reutilizáveis do Brasil, existe um ciclo poderoso no empreendedorismo feminino. “São elas que vão pensar em produtos para mudar a vida de outras mulheres.” Lela Brandão finalizou o encontro lembrando do poder da escuta. “Fale imediatamente com outras mulheres empreendedoras. Mesmo em ramos diferentes, elas têm desafios parecidos e podem ajudar.”

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A íntegra dos debates do evento Empreendedoras no Corre está disponível no YouTube, em https://www.youtube.com/watch?v=18m8N_5uLBg.

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