Universidades precisam preparar alunos para o empreendedorismo, diz especialista de Israel

A professora israelense Miriam Erez, que participa de evento no Brasil, diz que conhecimento adquirido no ambiente acadêmico deve ser passado para a realidade de forma prática

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Por Redação

A professora emérita e vice-reitora do MBA e diretora do Centro de Conhecimento e Inovação do Technion (Israel Institute of Technology), Miriam Erez, afirmou, em entrevista ao Estadão, que as universidades têm que fornecer conhecimento prático aos alunos para que eles consigam ser empreendedores, se tiverem esse objetivo. “É necessário se estruturar para que isso aconteça”, diz.

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De acordo com a acadêmica, é preciso que o conhecimento adquirido no ambiente de estudo seja passado para a realidade. “Há pesquisas que podem resolver problemas já existentes. E é preciso haver uma ponte entre o conhecimento e o empreendedorismo”, explica a especialista.

Ela complementa que a universidade precisa fornecer duas pontas para o aluno: o ensino empreendedor e a infraestrutura para que a conexão entre conhecimento e prática aconteça. “Tudo isso pode conectar o novo conhecimento à resolução de um problema e, posteriormente, unir tudo a possíveis investidores”, diz.

A especialista vai participar de um evento que ocorre na próxima semana, entre terça-feira, 17, e quinta-feira, 19, na Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo, São Paulo: será o “1º Congresso Internacional de Universidades Empreendedoras”. Veja aqui informações sobre a inscrição.

A professora emérita e vice-reitora do MBA e diretora do Centro de Conhecimento e Inovação do Technion (Israel Institute of Technology), Miriam Erez Foto: Divulgação

Nascida em Israel, Miriam Erez trabalha também como psicóloga organizacional, com atuação em empresas, buscando entender o que influencia no comportamento das pessoas em um ambiente de trabalho. Ela também realiza pesquisas na área do empreendedorismo.

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Só amizade não conta para ter um sócio

Miriam Erez também abordou durante entrevista tópicos específicos relacionados a pesquisas que realiza sobre empreendedorismo e afirmou que um negócio, quando tem sócios, precisa de muito mais do que a amizade para sair do papel. Segundo ela, dois pontos são essenciais:

  • escopo de habilidades, em que todos os sócios precisam se complementar, para que haja uma maior gama de possibilidades para a empresa
  • bom relacionamento interpessoal, em que pode haver, claro, amizade, mas o respeito e a confiança são essenciais na equação de um empreendimento de sucesso

“Apenas serem grandes amigos não é o suficiente. Ao mesmo tempo, apenas complementar um ao outro em habilidades específicas também não. O grupo de sócios que tem sucesso ao abrir um negócio é o que tem essas duas partes, complementando e colaborando, confiando uns nos outros.”

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