Feira Preta lança marketplace para fortalecer empreendedorismo ativista

Em parceria com Santander, plataforma já possui 130 empreendedores negros cadastrados; em breve, serão abertas inscrições para negócios pertencentes a outros grupos minorizados, como indígenas

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Por Marina Dayrell
Atualização:

Na data em que se completam 133 anos da abolição da escravidão no Brasil, dia 13 de maio, a Feira Preta - evento de cultura e empreendedorismo negro - lança, em parceria com o Santander, um marketplace para vender produtos e serviços desenvolvidos por empreendedores de grupos minorizados, como negros, indígenas, LGBTQIA+, quilombolas, entre outros. 

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Nesta estreia, o foco é em 130 empreendedores negros, que já cadastraram mais de 1.200 itens de decoração, moda, cosméticos, afro-religiosos e papelaria na plataforma. Em um segundo momento, poderão vender também no marketplace empreendedores que pertençam a outros grupos minorizados. Por enquanto, podem se inscrever no site apenas os negócios que já passaram por alguma edição da Feira Preta.

“Nós começamos com empreendedores negros, mas a ideia é ser um marketplace de consumo de propósito, de causas ativisitas envolvidas nos processos racial, indígena, quilombola, plus size, LGBTQIA+, enfim, todos os segmentos. Na primeira leva, os empreendedores são pessoas que já participaram do nosso ecossistema de alguma forma, mas a segunda vem por interesse da pessoa. Ela se cadastra e passa por uma curadoria nossa”, explica Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta. 

Em parceiria com o Santander, Adriana Barbosa - da Feira Preta - lança marketplace para fortalecer empreendedorismo de causas ativistas. Foto: Marcus Steinmeyer/MeuSucesso.com

Adriana aponta que uma das principais dificuldades que o empreendedor encontra após mais de um ano de pandemia ainda é em relação à digitalização. Por isso, a parceria com o Santander foi pensada para ajudar na capacitação deles, com a oferta de uma trilha de conhecimento, que vai desde serviços bancários e educação financeira até marketing digital, Google Ads e como fazer uma boa foto para as redes, além do acesso a crédito.

“O letramento é constante. Antes (no começo da pandemia), era para entender como vender online. Hoje, não é só o conhecimento das diversas plataformas que existem, mas como você sustenta a venda online, como usa as redes sociais, os algoritmos para vender. Nós já entendemos que a pandemia existe, já sabemos as plataformas de marketplace que existem, agora é preciso aprender a como sustentar isso”, destaca.

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Depois de uma tomada de consciência de parte dos consumidores para a importância de comprar dos pequenos negócios, durante a pandemia, Adriana acredita que há também um olhar maior para os negócios de impacto social ou que são geridos por empreendedores de grupos minorizados. 

“Eu tenho visto cada vez mais consumidores conscientes e engajados a apoiar o pequeno negócio, de diferentes segmentos. Tem uma consciência maior, impulsionada pela pandemia, de que todos nós somos corresponsáveis por todos e é importante comprar de quilombolas, negros, LGBTQIA+, pequenos, entre outros”. 

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