O setor de franquias registrou um crescimento de 19,1% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF). O faturamento desse modelo de negócio aumentou de R$ 50,854 bilhões para R$ 60,560 bilhões.
Além do cenário macroeconômico favorável (uma elevada taxa de ocupação, PIB positivo, queda da taxa Selic e inflação controlada), o crescimento foi impulsionado por fatores sazonais e pelo bom desempenho dos segmentos de alimentação e serviços.
O presidente da ABF, Tom Moreira Leite, destaca que a maior demanda por chocolates na Páscoa contribuiu significativamente para os resultados das franquias do segmento. Ele também cita um aumento da procura por sorvetes e açaí, associado às ondas de calor nos três primeiros meses do ano.
Veja a evolução do faturamento de franquias:
- 1º trimestre de 2020: R$ 41.537
- 1º trimestre de 2021: R$ 39.881
- 1º trimestre de 2022: R$ 43.380
- 1º trimestre de 2023: R$ 50.854
- 1º trimestre de 2024: R$ 60.560
A pesquisa mostra que, no período, foram abertas 4,3% mais franquias e encerradas 1,9%, resultando num saldo positivo de 2,4%. Ou seja, surgiram mais 5.733 operações de franchising, totalizando 190.144 no País. Em termos de emprego, o setor totalizou 1,65 milhão de postos de trabalho, um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior.
Todos os segmentos listados pela ABF registraram crescimento de faturamento. Os destaques foram para o setor de Alimentação, Comércio e Distribuição, que cresceu 43,9%, e Alimentação Food Service, com alta de 26,6%. Depois, vêm Serviços e Outros Negócios, com evolução de 25,3%; Entretenimento e Laser, com alta de 19,6%; Casa e Construção, com 15,8%; e Saúde Beleza e Bem-Estar, com crescimento de 14,7%.
Conforme o estudo, as franquias em ruas continuam predominando, representando 54,2% das operações, enquanto os shopping centers mantiveram-se na segunda posição com 19,8%. O item “Outros”, que inclui operações em mercados autônomos e lojas de conveniência, subiu para 11,7%.
A pesquisa da ABF foi realizada a partir de uma amostragem das redes de franquias que representam cerca de 32% das operações e 45% do faturamento do setor.
Foram consideradas operações associadas e não associadas da entidade. O estudo foi auditado por empresa independente.
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