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Eles criaram pastel em formato de capivara, faturam R$ 1 milhão por ano e abriram franquia

O ‘capistel’, vendido na Pastenina, de Curitiba (PR), só tem forma de capivara, mas não leva carne do animal nele; investimento inicial na franquia é a partir de R$ 150 mil

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A Pastenina, uma pastelaria de Curitiba (PR) resolveu homenagear a capivara, que é mascote da cidade, criando pastéis no formato do roedor. O pastel virou o maior sucesso deles e ajudou a loja a faturar mais de R$ 1 milhão no ano passado. E agora estão expandindo o negócio com franquias.

O “capistel”, como foi batizado, tem o formato de capivara, mas não leva carne do animal nele. O recheio é tradicional como carne, queijo e outros sabores disponíveis na pastelaria. O pastel se tornou até um atrativo turístico e agora representa 70% das vendas da Pastenina.

Pastéis em formato de capivara da Pastenina. Foto: Divulgação/Pastenina The Capistel Place

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A capivara é considerada o maior roedor do mundo e se tornou o mascote de Curitiba após virar meme nas redes sociais. Desde então, alguns comerciantes locais adotaram o animal em seus produtos.

A ideia de criar o capistel não foi original dos amigos Alysson Wiinsch, 39 anos, e Robson Pawlak, 43 anos, fundadores da Pastenina. “Já existia, mas não era tão conhecido assim”, afirma Pawlak.

Após lançarem a versão diferenciada do pastel durante o aniversário de Curitiba em março de 2023, o produto se tornou um sucesso.

Hoje, a marca é conhecida como Pastenina The Capistel Place. A boa aceitação fez do capistel o principal produto do cardápio. A projeção de receita da pastelaria é superior a R$ 1,4 milhão neste ano.

Alysson e Robson, que já queriam empreender juntos há anos, abriram a Pastenina em 2022. A ideia era gourmetizar o pastel na região, oferecendo um produto premium. Com um investimento inicial de R$ 150 mil, eles contrataram um chef para desenvolver um cardápio diferenciado.

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Hoje, a Pastenina oferece 25 sabores doces e salgados, incluindo opções de pinhão, fricassé de frango, carne seca com panacota e versões veganas.

Os pastéis tradicionais custam a partir de R$ 13, enquanto os capistéis começam em R$ 15. O tíquete médio varia entre R$ 30 e R$ 40. Por mês, são atendidas cerca de 1,3 mil pessoas, inclusive turistas.

Os fundadores da Pastenina afirmaram que querem transformar o capistel em um patrimônio nacional. Planejam torná-lo famoso em todo o Brasil e adaptar os sabores regionalmente.

“Neste primeiro momento, traremos o capistel de pinhão, muito consumido no Paraná. No futuro, podemos adaptar os sabores para cada estado brasileiro, quem sabe um pastel de acarajé na Bahia ou de açaí na Amazônia?”, diz Robson.

Os amigos admitem que o capistel salvou o negócio. “O primeiro ano foi difícil, com um faturamento de apenas R$ 50 mil, tivemos só prejuízo. Mas o capistel veio na hora certa para salvar nosso negócio em março”, diz Pawlak.

Expansão com franquia de pastel em forma de capivara

A dupla iniciou o processo de franchising há três meses. As três primeiras unidades franqueadas estão previstas no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A meta é chegar a cinco unidades até o final de 2024 e dobrar essa quantidade no próximo ano.

Há dois modelos de franquia: o Smart, com área de até 40m², destinado a shoppings e centros comerciais; e o Standard, com espaço de até 80m² e um catálogo maior de produtos, incluindo refeições, destinado a lojas de rua. Este último é o principal foco da expansão no momento.

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Veja os dados da franquia da Pastenina

  • Investimento inicial: R$ 150 mil (Já inclusa taxa de franquia)
  • Faturamento médio mensal: R$ 90 mil
  • Lucro médio mensal: 15%
  • Royalties: 3% mensais
  • Taxa de publicidade: Não cobram
  • Prazo de retorno: 18 meses
Alysson Wiinsch (esq.), 39 anos, e Robson Pawlak, 43 anos, fundadores da Pastenina. Foto: Divulgação/Pastenina The Capistel Place

Avaliação dos clientes da Pastenina

A Pastenina recebeu uma classificação média de 4,8 de 5 estrelas no Google, com quase mil avaliações até a publicação desta matéria. Todos os comentários foram positivos, destacando a qualidade do atendimento, dos produtos e do ambiente diferenciado.

Os autores das notas concedidas não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação a favor ou contra a empresa.

No site Reclame Aqui, a empresa não tem registros.

Especialista destaca importância do ramo gastronômico

Bruno Lopes, gestor de alimentos e bebidas do Sebrae, compartilha dicas para criar um menu atrativo de pastéis e serviços diferenciados.

Ele recomenda começar com uma pesquisa detalhada sobre diversos tipos e receitas de pastéis para oferecer opções variadas e de alta qualidade. “Inovar com fusões de sabores pode ser uma boa estratégia para atrair mais clientes.”

Para encontrar fornecedores de qualidade, Lopes sugere iniciar com pesquisas online e participar de feiras e eventos especializados. Visitar mercados e redes de produtores também é crucial para garantir ingredientes autênticos e de alto padrão.

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Sobre o delivery, ele aconselha a definir bem a área de entrega e escolher embalagens que preservem a qualidade dos pastéis.

Utilizar um sistema integrado para gerenciar pedidos e trabalhar com entregadores experientes são passos importantes para garantir um serviço eficiente.

Nas redes sociais, Lopes recomenda identificar as plataformas onde seu público está mais ativo e diversificar a promoção dos produtos.

“Invista em conteúdos de qualidade e interaja rapidamente com os clientes.” Quanto aos feedbacks negativos, ele destaca a importância de responder de forma rápida e sincera, oferecendo soluções para melhorar a experiência do cliente.

Finalmente, sinais de que é hora de expandir incluem uma base crescente de clientes, filas frequentes, capacidade limitada e novas ideias de menu que não cabem no espaço atual. Avalie também se você tem ou pode aumentar a equipe necessária para a expansão.

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