O setor de franquias no Brasil cresceu 14% em 2023, na comparação com o ano anterior, chegando ao faturamento de R$ 241 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgados na quinta-feira, 8. Este é o melhor resultado nominal do ramo na série histórica apresentada pela entidade, que se inicia em 2019. Ou seja, é o melhor resultado desde o último levantamento pré-pandemia.
Os segmentos que mais puxaram este crescimento foram alimentação, com desempenho em 2023 17,9% superior a 2022, saúde, beleza e bem-estar (17,5%) e hotelaria e turismo (16,4%).
Segundo avaliação da própria entidade responsável pelo levantamento, a parte de alimentação tem contado com o delivery em alta, além da retomada do presencial - contexto que culminou em um aumento do ticket médio, que é o quanto as pessoas gastam no estabelecimento. No caso de saúde, beleza e bem-estar, o que tem pesado a favor são mudanças de hábito do consumidor e a maturidade do segmento, tanto para franqueados - que compram o direito de uso de marca e know how - quanto para franqueadores - que vendem os serviços. Por fim, o setor de hotelaria e turismo vem conseguindo uma retomada pós-pandêmica, com novos eventos sendo feitos e demanda reprimida sendo atendida.
O número de novas operações também cresceu em 2023 - foram 17,3% ante 14,9% em 2022 - na então comparação com 2021. E o saldo de unidades fechadas se manteve em uma taxa minimamente estável - 5,9% no ano passado contra 6,1% no ano retrasado.
Um número a ser ressaltado também é a quantidade de empregos gerados pelo setor: 1,7 milhão em 2023, ante 1,58 milhão no ano anterior, um crescimento de 7,1%. Este também é o maior da série histórica apresentada pela entidade.
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Para 2024, a ABF espera um crescimento de 10% no faturamento, 5,5% para novos empregos e operações e 5% para redes.
Pelo segundo ano consecutivo a Cacau Show é a maior rede de franquias do País, com pouco mais de 4,2 mil operações - crescimento de 10,7% em relação a 2022, seguida de Boticário, com 3,68 mil unidades - que variou apenas 0,05%, o que dá apenas duas lojas, e, fechando o top 3, McDonalds, com 2,66 mil operações - um avanço de 2,5%.
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