No “Estadão Analisa” desta quarta-feira, 11, Carlos Andreazza comenta a situação na Venezuela que vê enfraquecida a oposição após exílio do candidato Edmundo González Urrutia e de María Corina Machado na clandestinidade, líderes detidos e ruas paralisadas pelo medo. A oposição da Venezuela começa a ficar sem saída na sua disputa contra a fraudulenta reeleição de Nicolás Maduro, entrincheirado e sem sinais de ceder.
A saída do país de González Urrutia, rival de Maduro nas eleições de 28 de julho, ocorreu no domingo, depois que a Justiça emitiu um mandado de prisão contra ele em 2 de setembro.
A reeleição de Maduro é contestada não só pela oposição, que afirma ter provas de fraude, e por rivais históricos como os Estados Unidos, mas também por aliados como o Brasil e a Colômbia, que se depararam com um muro nos seus esforços para uma solução pacífica da crise pós-eleitoral.
Andreazza também comenta a continuidade nos esforços concentrados do Congresso Nacional em apurar pautas e pular etapas de análise de projetos para aprovação antes das eleições municipais. Segundo o colunista: “um esforço em causa própria”.
O colunista também comenta os impactos da seca e das queimadas na economia brasileira. O país enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos, agravada por queimadas, o que acendeu um sinal de alerta sobre o risco de uma nova onda de pressão inflacionária no Brasil. A escassez de água pode afetar o custo de vida dos brasileiros, com impacto na produção de alimentos básicos, de combustíveis renováveis (como etanol), na logística dos eletroeletrônicos e no preço da energia elétrica.
O cenário agrava ainda mais o desafio do Banco Central em controlar a inflação, que já enfrenta um ambiente complexo. Com desemprego em baixa (6,8% no trimestre terminado em julho) e aumento da renda dos trabalhadores, o consumo das famílias está aquecido.
Sobre o programa
Acompanhe Estadão Analisa com o colunista Carlos Andreazza, de segunda a sexta-feira às 7h, com uma curadoria dos temas mais relevantes do noticiário.