São Paulo - Hostilizados por um grupo de manifestantes durante o protesto deste domingo, 13, em São Paulo, o senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin ficaram "extramamente satisfeitos com a recepção da população", de acordo com nota divulgada pelo PSDB.Os dois foram alvo de palavras de ordem como "oportunistas", "ladrão" e "o próximo é você".
O PSDB também negou que os políticos desistiram de fazer discursos em um carro de som do Movimento Brasil Livre (MBL), um dos organizadores do ato na Avenida Paulista. A nota afirma que "nunca estiveram previstos discursos de qualquer um deles".
O senador mineiro e o governador paulista permaneceram no local por cerca de 20 minutos, cumprimentando e tirando selfies com alguns manifestantes. Apesar de alguns aplausos recebidos, um grupo direcionou o protesto aos dois, um por causa das denúncias envolvendo a merenda escolar em São Paulo, e outro pela citação de seu nome na operação Lava Jato.
Diante da manifestação, Aécio disse que "as citações têm que ser investigadas e elas estão desmontando porque são falsas". Das quatro citações feitas a ele por delatores no âmbito da Operação, três foram arquivadas. A mais recente teria sido feita na tratativa de delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS), ainda não homologada. Já Alckmin ressaltou que a sua participação não compromete a relação institucional com o governo federal.
A manifestação na Avenida Paulista reuniu 1,4 milhão de pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, e 500 mil pessoas, de acordo com o Instituto Datafolha. Os manifestantes, de forma geral, foram às ruas protestar contra a corrupção e pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DIVULGADA PELO PSDB:
"O governador Geraldo Alckmin, os senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes e demais lideranças do PSDB ficaram extremamente satisfeitos com a recepção da população que compareceu na Avenida Paulista neste domingo (13). Aécio e Alckmin foram convidados por movimentos sociais e entidades.
Nunca estiveram previstos discursos de qualquer um deles. É, portanto, mentirosa e equivocada a informação que eles desistiram de suas falas."