Agente penal que matou petista no Paraná está internado em estado grave, sedado e intubado

Jorge José Guaranho levou três tiros, sofreu traumatismo craniano e aguarda vaga na UTI do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu

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Por Bruno Zanette
Atualização:

De Foz do Iguaçu, especial para o Estadão - O agente penal federal Jorge José Guaranho está internado em estado grave, sedado e intubado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu (PR). Na noite de sábado, 9, Guaranho atirou e matou o guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) na cidade paranaense, Marcelo Arruda, em sua própria festa de aniversário de 50 anos.

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Até a manhã desta segunda-feira, 11, Guaranho estava na enfermaria, aguardando vaga na UTI do hospital. Ele está sob custódia policial. A Polícia Civil do Paraná chegou a declarar que Guaranho também havia morrido, mas a informação foi corrigida na noite de domingo.

De acordo com o boletim médico, ele sofreu traumatismo craniano. Além dos ferimentos causados por três disparos de arma de fogo, Guaranho foi atingido por chutes na cabeça por pelo menos duas pessoas, conforme imagens de câmeras de segurança. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, essas pessoas deverão ser identificadas e responderão pela agressão.

Nesta segunda-feira, Guaranho teve a prisão preventiva decretada. A defesa do agente penal entrou com pedido para que a prisão seja revertida para domiciliar, caso Jorge se recupere dos ferimentos.

Na noite de sábado, a festa de aniversário de Arruda, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, estava decorada com símbolos do PT e imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o boletim de ocorrência, Guaranho, que era desconhecido dos convidados, havia interrompido a comemoração e ameaçado os presentes com uma arma na mão momentos antes do crime, por volta de 23h20.

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O guarda civil Marcelo Arruda, de Foz do Iguaçu (PR), foi assassinado durante festa de aniversário com tema inspirado no PT Foto: Reprodução

Ele teria chegado ao local em um carro branco, acompanhado de uma mulher com uma criança no colo. Ao descer do veículo, se dirigiu aos presentes dizendo aos gritos: “Aqui é Bolsonaro”, conforme relato descrito na ocorrência.

Guaranho deixou o local e, 20 minutos depois, retornou sozinho. Foi recebido por Arruda e pela esposa, a policial civil Pamela Suellen Silva. O casal se identificou como agentes da segurança pública. O guarda municipal sacou a arma ao mostrar o distintivo. Neste momento, conforme o registro policial, Guaranho efetuou os dois primeiros disparos, acertando a vítima. Imagens de uma câmera de segurança mostram quando Arruda, mesmo ferido e já caído, dispara contra o agente penitenciário.

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