BRASÍLIA - O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou nesta terça-feira, 8, que a senadora Simone Tebet (MDB) vai trabalhar na transição de governo na área de desenvolvimento social. A jornalistas, ele prometeu o anúncio “gradual” da equipe de transição e avaliou que a senadora tem “espírito de ministra”.
“Simone, com sua experiência, sensibilidade e força da mulher, vai trabalhar conosco na área do desenvolvimento social, que é uma área importantíssima”, declarou Alckmin, que chegou hoje a Brasília para dar andamento às negociações da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição e montagem final da equipe de transição.
De acordo com o vice-presidente, a nomeação não significa que Tebet vai coordenar a área social. O PT avalia criar coordenações colegiadas nas áreas temáticas para evitar especulações sobre ministeriáveis. “Não temos designado coordenadores. Temos designado algumas lideranças e depois eles conversam, definem”, acrescentou o vice do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Simone Tebet ganhou grande espaço na cúpula petista após declarar seu apoio a Lula no segundo turno e é uma das principais ministeriáveis, cotada para assumir pastas como Educação ou Cidadania. Quarta colocada na eleição presidencial, ela entrou de cabeça na campanha. Sua atuação ajudou a trazer o MDB para perto da cúpula da coligação eleita. Em reunião também nesta terça-feira, entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o do MDB, Baleia Rossi, os emedebistas foram convidados para participar do conselho político da transição. O emedebista deve anunciar o indicado pela sigla amanhã, mas já definiu a postura do partido perante a nova gestão de “colaborativa”.
Alckmin reforçou que integrar a equipe de transição, como Tebet, não significa, necessariamente, passaporte para a Esplanada dos Ministérios. “Claro que ela [Tebet] tem expertise, experiência, espírito público para ser ministra de qualquer área, mas não tem qualquer relação entre transição e ministério. São coisas diferentes”, disse o vice eleito. “Temos dois desafios grandes: a economia e o social, e eles não disputam, são sinérgicos”, seguiu.
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