Alckmin ataca Marta sobre investimentos no Metrô

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Por CAROLINA FREITAS

O candidato à Prefeitura de São Paulo pela coligação "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC), Geraldo Alckmin, disse hoje que a adversária do PT, Marta Suplicy, quando prefeita, não investiu no Metrô "porque não quis". Para o tucano, Marta preferiu priorizar outras áreas de transporte e acabou colocando dinheiro, por exemplo, em "túnel que acaba em semáforo", numa alusão à obra da petista na Avenida Rebouças. As críticas de Alckmin à adversária foram feitas durante evento no Instituto de Engenharia, na zona sul da capital paulista, onde ele falou de seus projetos para a área de infra-estrutura e transportes. Quando Marta participou do mesmo evento promovido pelo Instituto de Engenharia, há duas semanas, afirmou que tinha intenção de investir no Metrô do Largo da Batata, em Pinheiros, quando foi prefeita, mas não conseguiu colocar em prática a idéia por falta de um projeto do governo estadual na área. Alckmin (que estava no governo do Estado na ocasião) rebateu o argumento da petista. "Em 2004, a Linha Quatro já estava contratada. Marta não aportou capital porque não quis, que não venha com essa desculpa de que não tinha projeto." O tucano disse que pretende, se eleito, investir na criação da Linha 6 do Metrô, que vai ligar a Freguesia do Ó, na zona norte, com a Vila Prudente, na zona leste. Alckmin se comprometeu a colaborar com dinheiro da Prefeitura no projeto, mas disse que ainda não definiu o valor do investimento. O candidato disse também que pretende contar com o apoio da iniciativa privada e de financiamentos para realizar esta e outras obras na cidade. "Vamos trazer a iniciativa privada, através de Parceria Público Privada (PPP), e de concessão em investimentos privados." Alckmin quer também recursos do governo federal no Metrô paulista. "Em todas as metrópoles do mundo a União ajuda no metrô. Em São Paulo, o governo federal não investe um centavo", destacou. Maior rival Mais tarde, em almoço com os deputados estaduais da bancada do PSDB, o candidato reafirmou que o PT, de Marta Suplicy, é seu maior rival na política. "Nosso adversário é o PT", disse depois do encontro, na Pompéia, zona oeste da capital paulista. "Essa é uma constatação. E vale o inverso." Alckmin fez coro à fala do líder do PSDB na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o deputado Samuel Moreira. "Nosso papel é desenvolver uma campanha tendo clareza de que nosso adversário é o PT", afirmou Moreira. "Vamos lembrar à população do modelo de administração do PT, do caos na saúde, da fila de credores batendo na porta de Serra (depois que Marta deixou a Prefeitura em 2004)." Apoio O encontro de hoje entre Alckmin e 18 deputados da bancada do PSDB foi para organizar o trabalho dos parlamentares em prol da campanha do tucano para prefeito, afirmou o líder da legenda, Samuel Moreira. "O Geraldo já tem o nosso apoio desde a convenção do partido", disse. "O objetivo é potencializar o trabalho dos deputados a favor da eleição dele." Outro reforço importante na campanha - o governador José Serra (PSDB) - está, segundo o candidato, prestes a aparecer ao seu lado nesta campanha. "Ele vai aparecer, mas está criando um suspense", brincou Alckmin. "Os apoios virão todos."

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