Em encontro com trabalhadoras domésticas no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), ao lado do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) chamou neste domingo, 4, o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “Bozo”, em referência ao palhaço infantil, e disse que política se faz com diálogo, e não com “motociata e nem jet-ski”.
”Eleição é comparação. Nós tivemos cinco ministros da Educação nesse período aí do Bozo. Andou para trás a educação”, disse à plateia majoritariamente feminina. “Um bom governo começa pela campanha. E programa de governo se faz assim, ouvindo, dialogando, conversando, participando. Não é fazendo motociata e nem jet-ski”, afirmou.
Alckmin criticou a atuação do atual governo no combate à pandemia da covid-19 e a política armamentista. Disse ainda que a inflação não é apenas de 9%. “A inflação de alimento é mais de 30%. A inflação do café da manhã e do almoço é mais de 30%. A economia, se Deus quiser, com a experiência de Lula de oito anos, vai crescer muito”, afirmou.
Lula acena ao eleitorado feminino
Em novo aceno ao eleitorado feminino, Lula afirmou que Janja, sua mulher, Lu Alckmin, mulher de Geraldo Alckmin, e Ana Estela, mulher de Fernando Haddad (PT), “entendem mais de mulheres que nós três” ao dizer que entregará a elas as propostas reunidas por entidades que representam as mulheres. “Certamente elas virão nos repreender se a gente não fizer as coisas corretas”, continuou.
Nas últimas semanas, Lula cometeu gafes em relação ao público feminino e que tiveram grande repercussão nas redes sociais. Durante um comício em Belém na noite de quinta-feira, 1º, por exemplo, Lula disse que trabalho doméstico é “serviço da mulher” ao mencionar que o homem tem que ter a “dignidade de ajudar na cozinha”.
Em ato realizado no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, no dia 20 de agosto, Lula também acumulou outra polêmica. “Mão de homem não foi feita para bater em mulher. Quer bater em mulher? Vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil, porque nós não podemos aceitar mais isso”, disse na ocasião.
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