O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta terça-feira, 8 que ninguém era mais digno de ser ouvido que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi dada no evento em que o petista sancionou a Lei do Combustível do Futuro, na Base Aérea de Brasília.
“Fénelon dizia que o homem ou a mulher devem usar a palavra para exprimir o pensamento. E o pensamento para a verdade e a justiça”, começou Alckmin, citando o pensador francês François Fénelon. “Ninguém mais do que Vossa Excelência, presidente Lula é digno de ser ouvido. Fale a nós!”. Sob aplausos e depois de vários apertos de mão, o vice-presidente retornou ao seu lugar e não discursou mais na cerimônia.
A Lei do Combustível propõe o aumento da mistura do biodiesel ao óleo diesel, além de elevar o porcentual mínimo obrigatório de etanol na gasolina. O projeto também cria os programas nacionais de combustível sustentável de aviação (SAF), diesel verde e biometano, além do marco legal de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono. A lei inclui ainda a integração entre as políticas públicas RenovaBio, o Programa Mover e o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV).
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O governo estima que o Combustível do Futuro vá destravar R$ 250 bilhões em investimentos por parte do setor privado até 2030. O marco legal prevê que o Brasil evite a emissão de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) até 2037, reforçando o compromisso do País com a redução de gases de efeito-estufa.
O evento contou com a presença de vários ministros, entre eles o de Minas e Energia, Alexandre Silveira, além do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e da ex-presidente Dilma Rousseff, chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o “banco dos Brics”.
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