BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a soltura da cantora gospel Fernanda Ôliver, também conhecida como a “musa” dos ataques golpistas de 8 de janeiro, nesta terça-feira, 7.
O ministro determinou algumas restrições à cantora, como o uso de tornozeleira eletrônica, cancelamento de passaportes e a proibição do uso de redes sociais. Ôliver também terá que se apresentar à Justiça semanalmente, às segundas. De acordo com Hayane Domingues, advogada de Oliver, ela está com os seus familiares deste o final da tarde desta terça.
Fernanda foi presa no dia 17 de agosto na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF). Ao todo, foram detidas dez pessoas, acusadas de organizar nas redes sociais a “Festa da Selma”, expressão utilizada como um código para o ataque às sedes dos Três Poderes. Ela estava presa Casa de Prisão Provisória (CCP) de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana.
Durante os ataques golpistas, Fernanda também gravou uma live com imagens da marcha até os Três Poderes e a invasão ao Congresso Nacional. Na época em que foi presa, bolsonaristas compartilharam postagens dizendo que ela havia sido presa por “cantar sobre a liberdade” o que foi desmentido posteriormente pelo Estadão Verifica.
Fernanda Ôliver é o nome artístico da cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira. Natural de Araguaçu (TO), ela mora em Goiânia e lançou seu primeiro álbum em 2021, com o nome “Acima de tudo”, que remete ao slogan de Bolsonaro nas campanhas eleitorais “Deus acima de tudo, Brasil acima de todos”. As canções dela foram usadas em manifestações a favor do ex-presidente.
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