Moraes autoriza Bolsonaro a ir à missa de sétimo dia de mãe de Valdemar

Ministro do STF cita ‘excepcionalidade’ e ressalta ‘caráter provisório’ da decisão

PUBLICIDADE

Foto do author Rayanderson Guerra

RIO – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu à solicitação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o autorizou nesta quarta-feira, 4, a comparecer à missa de sétimo dia da mãe do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, Leila Caran Costa. Ela morreu na madrugada desta terça-feira, 3.

PUBLICIDADE

O ex-chefe do Executivo federal também havia sido autorizado, nesta terça-feira, a participar do funeral. No entanto, desistiu de ir às cerimônias em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de manter contato, inclusive por meio de advogados, após terem sido alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 fevereiro, para investigar uma organização criminosa por trás de uma tentativa de golpe de Estado.

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto em cerimônia de filiação ao PL Foto: Divulgação/PL

Na decisão desta quarta-feira, Moraes relembra as medidas impostas ao ex-presidente e diz que a liberação para contato com Valdemar é de “caráter provisório” e que “não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas”.

Publicidade

“Ressalto que não há qualquer restrição à locomoção do investigado Jair Messias Bolsonaro, em território nacional, havendo, entretanto, a proibição de manter contato com os demais investigados, entre eles Valdemar Costa Neto”, cita Moraes.

Na operação em fevereiro, Valdemar foi preso por porte ilegal de arma de fogo, mas foi solto dois dias depois. Bolsonaro teve seu passaporte apreendido e está proibido de deixar o País.

Os dois também foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito sobre uma trama golpista, com um plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.

Siga o ‘Estadão’ nas redes sociais

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.