BRASÍLIA - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse na manhã deste sábado, 1º, no Senado, que os ministros do governo apoiam a eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência da Casa. A votação será mais tarde neste sábado. Padilha falou logo depois de deixar a sala da liderança do governo na Casa Alta, onde os ministros que temporariamente retornaram A seus mandatos para votar ficam reunidos.
Padilha agradeceu o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixa o cargo neste sábado. Disse que ele foi fundamental para “salvar a democracia” e para aprovar os projetos do governo.
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O ministro disse que o governo apresentará a Alcolumbre uma lista de projetos prioritários. Mencionou o programa Acredita Exportação e a PEC para restringir a participação de militares em eleições. Também citou um Plano Nacional de Educação para os próximos anos e um projeto para proteger crianças, negócios e pessoas em geral de crimes em ambiente digital.
Como mostrado pelo Estadão/Broadcast, a articulação do governo Lula avalia que a eleição de Alcolumbre para a presidência do Senado pode criar um clima de negociação permanente entre o parlamentar e o governo em relação às pautas a serem aprovadas. É esperada, por exemplo, maior disputa por espaços do que houve na gestão de Pacheco.
Ainda na manhã de sábado, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse há pouco que a expectativa com a presidência de Alcolumbre no Senado é a “melhor possível”. Na avaliação do petista, o governo não deve ter problemas com a nova liderança. “Do ponto de vista do funcionamento eu pessoalmente até acho que vai ficar mais tranquilo. Para mim, a expectativa é a melhor possível, tenho boa relação com ele”, disse Jaques a jornalistas.
Eleições no Congresso abrem diálogo com partidos sobre espaço no governo
Padilha ainda disse que as eleições dos presidentes da Câmara e do Senado abrirão conversas sobre os espaços dos partidos no governo, apesar de não necessariamente culminarem em reforma ministerial.
Segundo ele, essas conversas poderão começar já na semana que vem. O ministro avaliou que os atuais presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), têm “todas as credenciais políticas necessárias para assumir outros papéis na República”. Os dois deixarão os cargos neste sábado e têm os nomes especulados para a reforma ministerial que o governo planeja para as próximas semanas.
Padilha disse ser provável, também, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha reuniões com os novos chefes do Legislativo já na semana que vem. A expectativa é de que Alcolumbre será eleito para presidir o Senado e Hugo Motta (Republicanos-PB) a Câmara.
O ministro também disse que a provável eleição de Altineu Côrtes, um dos principais líderes do PL, como primeiro vice-presidente da Câmara não preocupa o governo. O primeiro vice da Câmara também se torna o primeiro-vice do Congresso, e pode ter influência nas análises dos vetos presidenciais.
