Ana Moser deixa governo Lula triste com ‘interrupção na política de esporte inclusiva’

Ministra dos Esportes diz que não teve tempo para implementar todas as ações necessárias ao Esporte

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BRASÍLIA - Demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para abrir vaga no governo para aliados do PP e do Republicanos, a ministra dos Esportes, Ana Moser, deixa o cargo lamentando a decisão presidencial. Em nota divulgada por sua assessoria, Moser diz que viu “com tristeza e consternação a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária no governo federal”.

No lugar da ex-atleta assumirá o deputado André Fufuca (PP-MA). Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foi nomeado para o Ministério de Portos e Aeroportos.

A ministra Ana Moser foi demitida para abrir espaço a deputado do PP no governo Lula Foto: Ronaldo Caldas/ Ministério dos Esportes

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Na nota de despedida, Ana Moser conta que conversou com o presidente nesta quarta-feira, 6, e foi comunicada de que sairia do cargo. “Durante a conversa, Ana Moser lamentou que as promessas de campanha, de um esporte para toda a nação, tenham tido tão pouco tempo para que se desenvolvessem na retomada da gestão do Ministério do Esporte voltada para a implementação de uma política que efetivasse o direito social à prática esportiva”, diz a nota do ministério.

Ana Moser diz que ela e a equipe do ministério continuarão atuando a favor da política pública de esporte mais inclusiva.

“Tivemos pouco tempo para mudar a realidade do Esporte no Brasil, mas sei que entregamos muito, construímos muito e levamos a política do presidente Lula aos que tivemos contato de norte a sul deste país. Continuarei lutando e contribuindo para uma política pública de esporte que seja para todas, todos e todes. Agradeço aos que tiveram comigo percorrendo este caminho curto e árduo,” diz a nota.

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A decisão de Lula de trocar Ana Moser pelo deputado Fufuca provocou reação nas redes sociais. Vídeos mostrando o parlamentar fazendo discurso a favor do então presidente Jair Bolsonaro e votando a favor do impeachment de Dilma Rousseff foram disseminados por perfis de esquerda nas redes sociais.

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