Anderson Torres nega conivência com atos golpistas e diz que ‘episódio será totalmente esclarecido’

Após grupos radicais invadirem sedes dos três Poderes, AGU pediu ao STF que decrete a prisão em flagrante do secretário

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Foto do author Ítalo Lo Re
Atualização:

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres, classificou os ataques ocorridos na tarde deste domingo, 8, em Brasília como “barbáries” e negou conivência com os atos golpistas. Afirmou ainda, em pronunciamento publicado na madrugada desta segunda-feira, 9, que o “episódio será totalmente esclarecido”.

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Após grupos radicais invadirem as sedes dos Três Poderes da República, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu exonerar Torres do cargo. Já a Advocacia-Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que decrete a prisão em flagrante do secretário. Também foi requerida a detenção de “todos os envolvidos em atos criminosos decorrentes da invasão de prédios públicos federais em território nacional”.

“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu Torres. O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro está em Orlando, nos Estados Unidos, onde também se encontra o ex-chefe do Executivo. “Estou certo que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos.”

No domigo, o secretário afirmou, também em publicação nas redes sociais, ter determinado ao setor de operações da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF) “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”. “Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios”, disse.

Os atos de cunho golpista em Brasília foram controlados pelas forças de segurança cerca de três horas e meia após o início. Grupos radicais quebraram vidraças, entraram em gabinetes e depredaram obras de arte nas sedes dos Três Poderes. Cerca de 300 suspeitos foram presos em flagrante, segundo a Polícia Civil.

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Em meio aos questionamentos sobre a atuação do governo Ibaneis frente aos atos golpistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança do DF. Mais tarde, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador.

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