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ANJ diz que bloqueio do X afeta ‘o dever do jornalismo profissional’ e pede que STF reveja a decisão

Em nota, entidade afirma que uma das principais funções da imprensa profissional é monitorar as redes sociais para confrontar declarações com fatos

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Foto do author Wesley Bião

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou uma nota nesta quarta-feira, 11, afirmando que o bloqueio do X (antigo Twitter) afeta o trabalho do jornalismo no País e que espera que a decisão de suspensão da rede e multa de R$ 50 mil para quem acesse a plataforma por meio de VPN seja revista pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A entidade disse que diversos veículos e jornalistas têm relatado dificuldades no cumprimento de suas missões, já que sem acesso à plataforma “deixaram de ter acesso a visões, relatos e pensamentos diferentes”. A ANJ acrescenta que uma das funções essenciais da imprensa é monitorar as redes sociais e confrontar declarações com fatos reais, para manter a população informada de maneira precisa.

ANJ se posicionou contra decisão do ministro Alexandre de Moraes Foto: Daniel Teixeira|Estadão

“Uma das missões da imprensa é exatamente acompanhar o que se passa nas redes e fazer a devida verificação de versões e declarações, confrontando-as com fatos e dados reais.”, diz a associação.

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O X está bloqueado no Brasil desde 30 de agosto. Moraes ordenou que os serviços da rede social fossem suspensos após o empresário Elon Musk, dono da plataforma, ter se recusado a nomear um representante no País.

A determinação é válida até que o X designe uma pessoa física ou jurídica como porta-voz e pague multas por descumprimento de bloqueios de perfis. O valor passa de R$ 18 milhões. No começo de setembro, a Primeira Turma do STF manteve, por unanimidade, a suspensão da plataforma.

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