Depois de figurar em pesquisas de intenção de voto para a Presidência e ser cogitado como vice em uma chapa encabeçada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), Gusttavo Lima anunciou nesta quarta-feira, 19, que vai desistir de entrar na política.
Segundo o sertanejo, a prioridade será focar em turnês internacionais nos próximos anos. Em fevereiro, quando uma pesquisa o apontou como o nome mais competitivo da direita para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, ele afirmou estar feliz com o resultado e chegou a dizer que “só Deus pode parar um sonho”.

O anúncio de desistência ocorre a menos de três semanas do dia 4 de abril, em que Caiado marcou um evento de lançamento oficial de sua pré-campanha ao Palácio do Planalto.
Relembre outros famosos que cogitaram concorrer a cargos eletivos, mas não concretizaram os planos.
Luciano Huck
O nome do apresentador Luciano Huck foi aventado para o Palácio do Planalto nas disputas de 2018 e 2022. Quando anunciou que iria recuar da pré-candidatura em 2018, Huck afirmou que a decisão lhe causou “uma mistura de luto e alívio”.
Já em 2022, quando surgiram rumores de que ele poderia participar do pleito, o apresentador assumiu os domingos da TV Globo, substituindo Fausto Silva.
Na época, ele classificou sua trajetória como “mais política do que partidária” e afirmou que não concorrer à Presidência não significa que ele esteja “fora do debate público”.

“Tenho certeza de que posso contribuir muito para o País estando nos domingos da Globo e fazendo um programa que se conecte com as pessoas, que ouça as pessoas, que traga a esperança de volta e resgate nossa autoestima”, disse ao programa Conversa com Bial.
Huck é um dos apoiadores do movimento Renova BR, que se dedica a formar pessoas para participar da política, nos Executivos e Legislativos.
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Silvio Santos
Apresentador e fundador do SBT, Silvio Santos faleceu em agosto de 2024 e, durante sua trajetória, tentou ser presidente, prefeito e governador de São Paulo. Em nenhuma das ocasiões chegou a poder ser votado de fato.
Ele ensaiou uma disputa pela prefeitura da capital paulista em 1888 e 1992, mas não havia unanimidade no partido a que era filiado, o PFL, para aprovar sua candidatura. Na segunda tentativa, a convenção que o havia escolhido como candidato terminou em briga generalizada e foi anulada pela Justiça Eleitoral.

“A convenção do PFL para a escolha do candidato a prefeito da Capital, ontem, marcada pelos interventores, virou um festival de cadeiradas e pancadarias, recolheu feridos leves e vai acabar mesmo na Justiça”, publicou o Estadão de 25 de junho de 1992.
Já nas eleições presidenciais de 1989, as primeiras votações diretas após o fim da ditadura militar, ele saiu candidato pelo PMB, mas a Justiça Eleitoral encontrou irregularidades no registro do partido e a chapa foi desfeita.
Em 1990, ele se filiou ao PST e tinha intenção de disputar as eleições para o governo do Estado de São Paulo, mas preferiu não se afastar de seus programas de TV, que representavam boa parte do faturamento da emissora.
Jojo Todynho
A cantora e influenciadora digital Jojo Todynho revelou em setembro de 2024 que pretendia disputar um cargo político nas eleições de 2026. A declaração aconteceu depois que ela posou ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do candidato bolsonarista à Prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL).
Ela também se definiu como uma “preta de direita” e foi acusada nas redes sociais de ter se apropriado de pautas da comunidade LGBTQIAP+ para se promover na carreira.

Dois meses depois, ela veio à público dizer que havia desistido de tentar a vida política. “Eu já não tenho muita paz, e não vale a pena eu tirar o pouco de paz que eu tenho para brigar por uma nação em que eu não vou ter valor”, disse, referindo-se às críticas que recebeu.
José de Abreu
O ator José de Abreu considerava lançar sua candidatura como deputado federal em 2022, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), mas anunciou a desistência pelas redes sociais.

À imprensa, ele disse que recuou para preservar as carreiras dos filhos, que trabalhavam em empresas com normas de compliance rígidas em relação a agentes públicos.