Em evento que oficializou sua candidatura à reeleição na manhã deste domingo, 24, o presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou seus apoiadores a “irem às ruas pela última vez” no dia 7 de setembro e voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem se referiu indiretamente como “surdos de capa preta”. A convenção também confirmou general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, como o candidato a vice.
Destaques
Durante o discurso, o presidente atacou seu principal adversário, o ex-presidente Lula, relembrou ações do seu governo e fez acenos ao eleitorado feminino – pesquisas de diferentes institutos indicam que Bolsonaro tem maior rejeição entre as mulheres. A primeira-dama Michelle Bolsonaro discursou antes do presidente, com forte tom religioso, e citou ações do governo na área social.
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Estadão encerra ao vivo da convenção do PL
Encerramos aqui a cobertura minuto a minuto da convenção que confirmou o lançamento da candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição. Siga a cobertura no portal estadao.com.br.
Bolsonaro fez convenção para convertidos, não para aumentar o rebanho; leia análise
A convenção que lançou o capitão Jair Bolsonaro à reeleição e o general Walter Braga Netto a vice foi uma grande, enorme, festa em família, com populismo, oração e emoção aos borbotões, embolados a todos os símbolos do bolsonarismo e ao sequestro do Hino, da bandeira e das cores nacionais como exclusividade do “Capitão do Povo” – como anuncia o hino da campanha. Fora da família, porém, quantos votos o capitão conseguiu a mais?
Estadão Verifica: Bolsonaro fez ao menos 7 alegações enganosas durante convenção do PL
O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso de pouco mais de 1h na convenção do Partido Liberal (PL) neste domingo, 24, no qual repetiu ao menos sete alegações enganosas sobre temas como auxílio emergencial, covid-19 e corrupção. Veja as checagens reunidas pelo Estadão Verifica.
Promessa de Bolsonaro, auxílio de R$ 600 em 2023 custaria R$ 50 bi e inviabilizaria investimentos
A promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro de manter o Auxílio Brasil em R$ 600 no ano que vem teria impacto de mais de R$ 50 bilhões e reduziria muito o espaço para outras despesas, como investimentos e custeio da máquina pública. Entenda os impactos nesta reportagem.
Faculdade de Direito da USP convida entidades para ato em defesa da democracia
A Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP, oficializou neste domingo, 24, o convite para um encontro no dia 11 de agosto com entidades e representantes da sociedade civil em defesa do estado democrático de direito. O movimento organiza a leitura da “Carta aos Brasileiros e Brasileiras”, no Pátio das Arcadas, às 11. A formalização do ato ocorreu no momento em que Bolsonaro lançava candidatura à reeleição em evento no Rio.
O manifesto é inspirado na “Carta” de 1977, lida por Goffredo da Silva Telles Jr., que pedia o restabelecimento de um estado democrático de direito e manifestava repúdio ao regime militar, vigente na época.
Como adiantou o Estadão, o texto pede uma “vigília cívica contra as tentativas de rupturas” e repudia retrocessos na democracia e clama pelo respeito ao resultado das eleições. “Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona: ‘Estado Democrático de Direito sempre!’”, diz o texto, que será lido pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.
Bebel Gilberto pede desculpas após pisotear bandeira brasileira em show nos EUA
A cantora Bebel Gilberto, 56, virou um dos temas mais comentados nas redes sociais neste fim de semana depois que um vídeo em que pisa na bandeira do Brasil durante show nos Estados Unidos viralizou. As imagens foram disseminadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, como o ex-secretário de Cultura Mário Frias e a deputada Carla Zambelli, que prometeu propor “um projeto de lei para penalizar com prisão sem fiança ou responsabilidade criminal o ato de queimar, danificar, modificar ou atacar os símbolos nacionais”.
A cantora pisou na bandeira em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro e, ainda durante o show, disse ter se dado conta de que poderia estar ofendendo a todos os brasileiros e pediu desculpas pelo “ato impensado”: “Foi um ato impensado meu, porque se tivesse tido tempo de raciocinar teria me ocorrido que eu estava entregando de presente para a extrema-direita uma imagem com a qual poderiam destilar o seu ódio repugnante e o seu falso patriotismo - essa gente que sequestrou os símbolos nacionais e corrói a democracia brasileira com o seu projeto autoritário de poder... Foi por esse motivo que soltei o nome do inominável no meu gesto impulsivo no palco”. Leia a reportagem completa aqui.
‘Vice não pode ser pessoa que conspire contra você’, diz Bolsonaro
Sem citar nominalmente o atual vice-presidente, Hamilton Mourão, o presidente disse neste domingo, 24, que vice é alguém para " estar ao seu lado em momentos difíceis”. “O vice não pode ser pessoa que conspire contra você”, declarou em ato político no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O evento oficializou sua candidatura à reeleição em chapa pura com o general Braga Netto (PL)
Em um discurso de uma hora e nove minutos, o presidente também voltou a utilizar um slogan de inspiração fascista: “‘Deus, Pátria, Família e Liberdade”. O slogan “Deus, Pátria e Família” era utilizado pelo integralismo brasileiro nos anos 1930, representação do fascismo italiano no País.
Os recados de Bolsonaro, no relato do enviado especial Felipe Frazão
Bolsonaro e Michelle se despedem de apoiadores no Maracanãzinho; veja
PL estima 12 mil pessoas em convenção de Bolsonaro, contabilizando equipe
O PL divulgou há pouco sua estimativa do número de pessoas presentes na convenção de lançamento da candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a legenda, são 12 mil pessoas, incluindo a equipe do partido e a imprensa. A expectativa divulgada ao longo da semana era de 10 mil pessoas.
O PL cancelou cerca de 40 mil das 50 mil inscrições para o evento. Como mostrou o Estadão, usuários da internet organizaram um movimento coordenado e reservaram ingressos disponíveis na internet. As entradas eram gratuitas. O objetivo não era comparecer ao evento, mas esvaziá-lo. Os convites esgotaram. No WhatsApp e pelas redes sociais, grupos difundiram mensagens estimulando as inscrições em massa.
Eduardo Gayer, enviado especial, Rayanderson Guerra e Felipe Frazão