O Brasil foi às urnas neste domingo, 2, para escolher presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais ou distritais. A eleição presidencial será decidida em um segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com dados do TSE. Com 99,99% das urnas apuradas até 5h14, Lula havia recebido 57,2 milhões de votos válidos, ou 48,43% do total contabilizado pela Justiça Eleitoral até aquele momento. O presidente e candidato à reeleição havia recebido 51 milhões de votos, ou 43,2% do total.
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Para acompanhar os números finais da votação, veja a apuração dos votos em tempo real.
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Encerramos a cobertura ao vivo do primeiro turno das eleições 2022. Veja os resultados das urnas aqui e acompanhe todos os desdobramentos no portal do Estadão.
Análise: No mínimo, Bolsonaro encomendou um oceano de problemas para um eventual governo Lula
A principal conclusão destas eleições tão conturbadas é que, se Lula é maior do que o PT, o bolsonarismo é maior do que próprio Bolsonaro, está enraizado em todo o País e veio ficar, para o bem ou, mais evidentemente, para o mal. Lula e o PT remetem ao passado, Bolsonaro e o bolsonarismo evocam o futuro. E não é um futuro cor de rosa.
Se Lula ultrapassar o primeiro momento de frustração e atordoamento com o resultado de domingo, ele pode recuperar energia e vencer. Mas, atenção, a sua vida de volta ao Planalto, se ocorrer, não será um mar de rosas. No mínimo, Bolsonaro encomendou um oceano de dificuldades para um eventual, ou duvidoso, governo Lula. Leia a coluna de Eliane Cantanhêde.
Análise: Para Lula, governar será mais difícil que vencer a eleição
A disputa presidencial continua aberta, com quatro semanas de campanha acirrada. Apesar do erro das pesquisas, que subestimaram a força de Jair Bolsonaro, é fato que Lula chegou bem perto da improvável vitória em primeiro turno, e que o sentimento predominante do eleitorado é por mudança. O próprio presidente reconheceu isso em sua primeira entrevista após a apuração.
Ganhar a eleição certamente será mais simples para Lula do que governar o País nos quatro anos seguintes. O resultado de domingo não só confirmou a expectativa de um aumento da bancada antipetista no Congresso, associada a Bolsonaro, mas mostrou uma intensidade mais forte do que o previsto. A esquerda pouco cresceu. Para Bolsonaro, por outro lado, vale o inverso se ele ganhar o pleito. Vencer a eleição é difícil, mas governar se tornou mais fácil com uma bancada maior e mais leal no Congresso. Leia a coluna de Silvio Cascione.
Assista: Eleição na Mesa analisa o resultado das urnas no 1º turno
Eduardo Bolsonaro quer CPI contra institutos de pesquisa
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que foi reeleito neste domingo, afirmou nas redes sociais que vai começar a recolher assinaturas para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a atuação dos institutos de pesquisa. “Tendo como fato determinado a discrepância não só nas intenções de votos para presidente, mas também para outros cargos”, escreveu o filho do presidente Jair Bolsonaro. Leia mais no feed do Estadão.
Veja quem são os 513 deputados federais eleitos no Brasil
O Brasil elegeu 513 deputados federais para a Câmara dos Deputados neste domingo, 2. O mais votado para esse cargo no País foi o mineiro Nikolas Ferreira (PL-MG), com 1.492.047 votos. Em segundo lugar vem Guilherme Boulos (PSOL-SP), com pouco mais de 1 milhão. Veja a lista completa.
Análise: O silêncio dos militares e o futuro dos generais bolsonaristas
O primeiro turno da eleição presidencial terminou sem a invasão dos CACs, revolta de PMs ou tanques nas ruas. Após receber 43% dos votos, Jair Bolsonaro fez uma manifestação moderada, na qual admitiu piora da situação econômica e, com seu discurso, legitimou o resultado das urnas, que o coloca 6 milhões de votos atrás de seu adversário no segundo turno, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira foi votar em uma escola como um cidadão qualquer. Seu secretário-executivo, general Sérgio José da Silva, saiu de férias há duas semanas - prova absoluta de que ninguém esperava nada grave para o 2 de outubro. Ao reconhecer o resultado das urnas nesse 2 de outubro, Bolsonaro esvaziou o discurso de fraude - se ela não houve no primeiro turno, por que haveria no segundo, se as urnas são as mesmas? Leia a coluna de Marcelo Godoy.
Campanha quer Bolsonaro mais combativo em segundo turno de guerra de rejeição
O comitê de campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) se prepara para um segundo turno que pode virar uma guerra de rejeições, na avaliação de aliados do presidente. A estratégia de propaganda eleitoral tende a recrudescer, se tornando “mais combativa”, na palavra de um dos estrategistas de Bolsonaro. Do ponto de vista de alianças, estão na mira imediata governadores como Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, considerado um aliado-chave pelo Palácio do Planalto, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás.
Integrantes do governo e do comitê bolsonarista entendem que, para mudar o cenário de favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será preciso ampliar o sentimento de antipetismo e apostar na desconstrução do adversário. Leia a reportagem de Felipe Frazão.
Arthur Lira: ‘Ao contrário das pesquisas, os números não erram’
Após ser reeleito com a maior votação em Alagoas e ampliar as chances de obter um novo mandato à frente da presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP) usou as redes sociais na manhã desta segunda-feira, 2, para criticar as pesquisas de intenção de voto. “As urnas aprovaram as pautas de modernização do Brasil e confirmaram que estamos no caminho certo. Ao contrário das pesquisas, os números não erram”, escreveu no Twitter.
Izael Pereira
Bolsonaro comemora resultados no 1.º turno e diz que prioridade era Congresso
Em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro comemorou o resultado de aliados nas corridas pelos governos estaduais, ao Congresso e para as Assembleias Legislativas. “Contra tudo e contra todos, tivemos no 1° turno de 2022 uma votação mais expressiva do que aquela que tivemos em 2018. Também elegemos as maiores bancadas da Câmara e do Senado, o que era a nossa maior prioridade neste primeiro momento”, escreveu. Veja mais no Feed Estadão.