Internado em São Paulo há mais de um mês para tratar da covid-19, o prefeito eleito de Goiânia Maguito Vilela recebeu resultado negativo nos dois últimos testes que realizou para detectar o vírus. A informação é do boletim médico divulgado na tarde desta quarta-feira, 2, pelo Hospital Albert Einstein, onde Maguito segue internado em ventilação mecânica.
“Os dois últimos testes de PCR não detectaram mais a presença do SARS-Cov-2”, diz o boletim desta quarta, que é assinado pelos pneumologistas Carmen Barbas eMarcelo Rabahi, e também pelo Diretor Médico e de Serviços Hospitalares do Einstein Miguel Cendoroglo.
De acordo com o texto, Maguito “encontra-se traqueostomizado e em ventilação mecânica protetora com bom controle da oxigenação”. A nota diz ainda que ele “segue o suporte da ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea)” e que sua situação é “estável hemodinamicamente”.
O boletim divulgado nesta quarta não apresenta previsão de alta. Procurado para detalhar o caso, o hospital afirmou por meio de sua assessoria que “nenhumaoutra informação, que não esteja no boletim, é divulgada”.
Segundo a assessoria de imprensa de Maguito Vilela, o político deve continuar na UTI, mas aguarda transferência para uma ala destinada a pacientes que não têm covid-19. A previsão é de que a transferência seja realizada entre hoje e amanhã, segundo a assessoria. De acordo com o infectologista e pediatra Marco Aurélio Sáfadi, a transferência para uma ala não covid é possível por causa dos testes negativos para o novo coronavírus. "Não é um indivíduo que apresenta risco de transmissão da doença", explica Sáfadi.
Maguito, que havia perdido duas irmãs para a covid-19 em agosto, deu entrada no Einstein em 27 de outubro. Sua primeira entubação foi no dia 30 daquele mês. Após apresentar alguma melhora, os médicos retiraram a sedação no último dia 8. No dia da votação em primeiro turno, porém, o candidato precisou voltar para a entubação, situação em que permanece no momento. No último domingo, 29, Maguito foi eleito prefeito de Goiânia com 52,6% dos votos.
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