O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot autografou nesta segunda-feira, 7, em São Paulo, seu livro Nada Menos Que Tudo e se recusou a comentar a polêmica declaração de que, em maio de 2017, foi armado ao Supremo Tribunal Federal com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes. “Hoje é o dia do livro, o dia da palavra escrita”, disse.
Janot chegou ao lançamento cercado por seguranças. Com 20 minutos de atraso, desceu de uma caminhonete preta com vidros escuros. Havia mais jornalistas que clientes na livraria, apesar de a expectativa de uma movimentação grande. Dos 550 exemplares disponíveis, apenas 43 foram autografados. Nenhuma autoridade compareceu ao lançamento.
No livro, o ex-procurador-geral narra os bastidores e os momentos mais tensos de sua gestão e da Operação Lava Jato. Ao Estado, em 26 de setembro, Janot disse que durante sua passagem pelo cargo cogitou matar a tiros Gilmar.
“Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou. O episódio, no entanto, é descrito no livro de forma genérica e sem o nome dos envolvidos. Janot alega que narrou a cena, mas “sem dar nome aos bois”.
A revelação de Janot fez com que o ministro do STF Alexandre de Moraes determinasse que ele não se aproximasse a menos de 200 metros de membros da Corte.
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