Após tombo de Bolsonaro, banheiro do Alvorada passa por adaptações

Tapetes antiderrapantes e barras de segurança foram instalados em cômodo que atende ao presidente e à primeira-dama

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BRASÍLIA – Após o presidente Jair Bolsonaro levar um tombo no banheiro da sua suíte no Palácio da Alvorada, no fim do ano passado, a administração da residência oficial decidiu fazer adaptações de segurança no local. Serão colocados barras de segurança e tapetes antiderrapantes no cômodo que atende ao presidente e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O presidente caiu e bateu a cabeça no dia 23 de dezembro, antevéspera do Natal. Na ocasião, chegou a ser levado ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília, onde passou por exames, que não detectaram problemas. 

O presidente Jair Bolsonaro no Palácio daAlvorada, em Brasília,ao telefone Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino (22/02/2019)

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Ele passou a noite em observação e voltou para casa na manhã do dia 24 de dezembro. Neste mesmo dia, o presidente concedeu entrevista ao programa Brasil Urgente e contou ao apresentador José Luiz Datena ter sofrido perda parcial de memória. "É aquela história... Vai ficando velho e volta a ser criança. Eu dei uma escorregada, realmente, e foi meio feio o negócio. Perdi a memória, mas graças a Deus, tudo em paz", disse o presidente na ocasião. 

Outra medida adotada para evitar novas quedas no banheiro foi mudar a forma de manutenção do piso de mármore. Tradicionalmente, para evitar que a pedra fique porosa, funcionários utilizam cera. O produto, no entanto, deixava o piso escorregadio. A solução foi suspender o uso da cera. 

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O Palácio da Alvorada, projeto de Oscar Niemeyer, ficou pronto em junho de 1958, quase dois anos antes da inauguração de Brasília, e foi restaurado entre 2004 e 2006. Na época, a obra foi orientada pela então primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, que morava no local com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

A maior parte dos presidentes reclama da suntuosidade e pouco aconchego do palácio. Alguns, como Fernando Collor de Mello e, mais recentemente, Michel Temer, não quiseram morar lá. O primeiro preferiu ficar na Casa da Dinda, imóvel que já possuía na capital federal. Já Temer, após também fazer reformas no palácio para se mudar com sua família, desistiu de ocupar o local e continuou no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência, onde já morava. 

Bolsonaro, desde quando foi eleito, avisou que ocuparia a residência oficial, embora tivesse chegado a pensar na possibilidade de ocupar a Granja do Torto, também em Brasília, que considera ter mais cara de casa. 

Estrutura

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Não é só o banheiro que o presidente e a primeira-dama dividem que tem piso de mármore, mas todos o do imóvel. Na parte considerada reservada do palácio residencial, localizada no primeiro andar do Alvorada, quatro quartos têm um banheiro ao seu lado, e outros quatro, não. No total, o palácio tem oito quartos que servem ao presidente, sua família e convidados. 

Embora o banheiro do casal não fique exatamente dentro do quarto, o local é considerado uma suíte porque existe uma porta que isola o aposento. No banheiro, todo revestido de mármore branco, há banheira e chuveiro separados.

O presidente, de 64 anos, tem enfrentado alguns problemas de saúde desde que foi atingido com uma facada no dia 6 de setembro de 2018, durante um evento de campanha. Bolsonaro, embora reconheça que está “praticamente recuperado”, diz que ainda tem algumas sequelas. "A gente se adapta a essa nova realidade. A facada, juntamente com a idade, é uma combinação bastante perigosa para nós", lembrou o presidente que, frequentemente, tem se queixado de cansaço ante a exaustiva agenda.

Ultimamente o presidente, por recomendação médica, introduziu uma nova rotina. Tem procurado dormir durante uma hora, todos os dias, depois do almoço. Ele descansa em uma cama em cômodo no Palácio do Planalto, entre o gabinete e a sala de reuniões.

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Questionada, a Presidência não informou o valor gasto com as adaptações no banheiro do Palácio da Alvorada.

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