A avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu 20 pontos entre seus próprios eleitores, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 14. O levantamento aponta que, de forma geral, a queda foi de 11 pontos, levando o petista ao pior patamar de aprovação em todas as suas três gestões no Palácio do Planalto.
Entre os que votaram em Lula nas eleições de 2022, o porcentual de ótimo ou bom do governo caiu de 66% para 46%. Já os que consideram a gestão regular subiram de 27% para 40%, enquanto os que classificam o governo como ruim ou péssimo saltaram de 7% para 13%. A margem de erro da pesquisa para esse segmento é de quatro pontos porcentuais para mais ou para menos.

A queda foi mais acentuada entre grupos que historicamente compõem a base de apoio do petista. Entre as mulheres, a aprovação caiu de 38% para 24%, e entre os homens, de 33% para 24%. O recuo também foi expressivo entre eleitores negros (de 44% para 29%), pardos (de 36% para 23%) e brancos (de 29% para 23%).
No Nordeste, região onde Lula obteve 69,34% dos votos em 2022, a queda foi de 16 pontos percentuais, embora a aprovação ainda se mantenha positiva, com 33% de apoio. No Sudeste, o recuo foi de 11 pontos. Juntas, essas duas regiões concentram 69% dos entrevistados. Já no Centro-Oeste e no Sul, a queda foi menor, de nove e cinco pontos, respectivamente.
A queda também foi significativa no levantamento por escolaridade. Entre aqueles que concluíram apenas o ensino fundamental, a aprovação despencou de 53% para 38%, enquanto a reprovação atingiu 28%.
Entre os eleitores com mais de 45 anos, a queda foi de 15 pontos percentuais, enquanto entre os jovens de 16 a 24 anos, a redução foi de seis pontos.
A aprovação de Lula teve uma queda acentuada entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, passando de 44% para 29%. Esse grupo representa 51% dos entrevistados pelo Datafolha e 60% dos eleitores que votaram no petista em 2022. Já entre os mais ricos, com renda de até dez salários mínimos, a avaliação positiva do governo caiu de 32% para 18%.
Católicos e evangélicos também expressaram insatisfação com o governo, registrando quedas de 14 e cinco pontos, respectivamente. A gestão é aprovada por 28% dos católicos e 21% dos evangélicos.