Durante o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista, houve confusão para a subida de aliados no trio. Enquanto pessoas sem a pulseira verde que identificava aqueles que poderiam acessar o local tentavam subir, outras que tinham autorização não conseguiam acessar o espaço. Houve a necessidade de que o organizador do ato, o pastor Silas Malafaia parasse o som e pedisse, ao microfone, para que fosse liberada a entrada do influenciador de extrema-direita português Sérgio Tavares, do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e do fotógrafo do presidente. O ato na Paulista foi convocado em meio às investigações de uma tentativa de golpe de Estado por parte de Bolsonaro e aliados.
No palco, Sérgio Tavares afirmou que iria “garantir que a Europa saiba a situação do Brasil” e que “o mundo via saber que vocês precisam saber de liberdade, que vocês não podem ter censura”. Ele também fez um discurso antivacina, dizendo que “não se pode obrigar bebês a serem vacinados”.
Mais cedo, em seu perfil no X, antigo Twitter, Tavares disse que a Polícia Federal apreendeu seu passaporte no aeroporto de Guarulhos e o encaminhou a uma delegacia. A PF, porém, afirmou que o procedimento é padrão e que o estrangeiro não possuía visto de trabalho para cobrir as manifestações.
Em 3 de fevereiro, na entrevista feita com Bolsonaro, o ex-presidente disse, sem provas, que o Supremo Tribunal Federal (STF) trabalhou com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em “uma gestão para eleger Lula a qualquer preço”. Além de insinuar fraude na disputa eleitoral, o ex-presidente insistiu na teoria conspiratória de que havia “infiltrados” no ataque aos Três Poderes em 8 de Janeiro e voltou a espalhar desinformação sobre a pandemia de covid-19.
O ato foi divido em dois trios, com um “VIP” usado por Jair Bolsonaro, a esposa Michelle, e aliados mais próximos, como governadores e deputados mais vinculados ao ex-presidente e outro para demais autoridades.
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